CAMPINAS

Terreno infestado de caramujos preocupa moradores

Preocupação é que os caramujos possam transmitir algum tipo de doença; molusco é responsável indireto pela transmissão da febre amarela e da dengue

Bruno Bacchetti
bruno.bacchetti@rac.com.br
20/02/2015 às 12:48.
Atualizado em 24/04/2022 às 00:16

Terreno acumula mato alto e pelo menos cinco moradores da rua já foram contaminados pela doença ( Dominique Torquato/ AAN)

Centenas de caramujos africanos infestaram um terreno na Vila Georgina, invadindo a calçada e trazendo preocupação aos moradores vizinhos, que temem a transmissão de doenças. Segundo eles, a infestação dos moluscos é comum na temporada de chuvas e os caramujos chegam atá a invadir as casas vizinhas, subindo pelo muro e pelas frestas da parede. Além da infestação, outra preocupação da vizinhança é com a dengue, uma vez que o terreno acumula mato alto e pelo menos cinco moradores da rua já foram contaminados pela doença. Vizinha do terreno, a desempregada Jéssica Rodrigues, de 31 anos, diz que o problema é antigo. A principal preocupação é que os caramujos possam transmitir algum tipo de doença. "Nós já denunciamos na Prefeitura, há anos corremos atrás disso e nada. O dono do terreno mandou limpar no ano passado, mas o mato já cresceu e sempre que chove tem essa infestação. Isso preocupa, porque não sei exatamente qual, mas com certeza traz doenças. Quando para a chuva some tudo", contou. Jéssica afirmou, ainda, que o terreno abriga baldes e barris d'água que podem servir como criadouro para o mosquito da dengue. "O mato está enorme e não dá para entrar. Mas sei que tem um barril com água e a gente teme pela dengue", completou. AdministraçãoA Prefeitura informou, através da assessoria de imprensa, que a Coordenadoria de Fiscalização de Terrenos (Cofit) notificou o proprietário no início do mês para limpeza da área, após receber reclamações através do telefone 156. Se o terreno não for limpo, ele será multado. Já a Vigilância em Saúde do Distrito Sul (Visa Sul) orienta os moradores a retirar os caramujos sem o contato direto, utilizando luvas ou uma sacola plástica. Os moluscos devem ser colocados em uma salmoura por pelo menos quatro horas (o ideal é de um dia para o outro). Depois de morto, os caramujos devem ser descartados em lixo comum. Como se reproduz rapidamente e não possui predadores naturais no Brasil, os caramujos africanos tornaram-se uma praga agrícola e podem ser encontrados em praticamente todo o País. Os moluscos encontrados na região Sudeste chegam no máximo a 10 cm de concha e 100 g de peso total. É responsável indireto pela transmissão da febre amarela e da dengue, pois as conchas dos caramujos mortos pode acumular água e se transformar em criadouro para o Aedes aegypti.  

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