Bandidos usaram massa plástica para tentar estourar caixa, mas material não era explosivo
Policial do Gate entra em agência bancária onde estava a massa plástica (Sérgio Masson/AAN)
Uma tentativa frustrada de furto a um caixa eletrônico de uma agência bancária no bairro Quintino Facci II, Zona Norte de Ribeirão Preto, na madrugada desta segunda-feira (22), mobilizou Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de São Paulo.
Assaltantes invadiram o banco, abriam um buraco no equipamento e aplicaram uma massa plástica no local, que serviria para provocar a explosão. A detonação só não aconteceu porque os bandidos utilizaram um material que não era explosivo. “Eles chegaram a iniciar o processo de detonação, acenderam o pavio, mas apenas o estopim explodiu. Eles utilizaram uma massa plástica que é utilizada em revestimento de materiais”, afirmou Frank Fernando Andrade, Aspirante a Oficial da Polícia Militar.
O alarme de segurança da agência bancária foi acionado e os bandidos fugiram após perceber que não iriam conseguir detonar a bomba. O artefato foi abandonado pelos assaltantes e os policiais militares isolaram a área para garantir a segurança. “Chegamos a sentir um cheiro de pólvora queimada e até o momento não sabíamos se essa bomba poderia estourar. Por isso, resguardamos a área até a chegada do Gate”, declarou o PM. Dois quarteirões da rua Doutor Demétrio Chaguri foram interditadas pela Transerp durante toda a manhã e o trânsito foi desviado para as ruas paralelas.
Os homens do Gate vieram de avião da capital paulista e só chegaram no local por volta das 11 horas. Em poucos minutos, um oficial do grupo entrou no banco e recolheu o material que não representava perigo. A massa plástica foi apreendida e será encaminhada para análise do próprio Gate, em São Paulo. O banco instalou câmeras de segurança na última sexta-feira (19) na área próximo aos caixas e as imagens serão utilizadas pela Polícia Civil nas investigações.
Essa foi a segunda vez este ano que o banco foi alvo da ação de bandidos. Em fevereiro, homens armados explodiram cinco caixas eletrônicos da mesma agência bancária, porém não levaram dinheiro porque os cofres dos equipamentos estavam vazios. A força da detonação danificou a estrutura do prédio.
Em janeiro do ano passado, o banco teve um caixa eletrônico explodido e outro danificado em uma tentativa de furto. Assaltantes quebraram a porta da frente do banco e usaram uma dinamite para estourar o caixa. Novamente, nenhuma quantia em dinheiro foi roubada. “A gente esperava que esse banco fosse se tornar um benefício para nós, mas o que está acontecendo é que nós só estamos sendo prejudicados com a falta de segurança e está tirando o nosso sossego”, disse o eletricista Luciano Vitorino Silva, 32 anos, morador do Quintino Facci II.