O roteiro sobrevive de piadas que são referências a filmes, música, televisão, HQ etc ( Divulgação)
Ted (Telecine Premium, 22h, 16 anos), de Seth Macfarlane (2012), é uma bobagem inteligente o suficiente para arrancar boas risadas com piadas interessantes (dispense as escatológicas) e, ainda por cima, cria ótimo personagem, o ursinho Ted, do título, cuja voz é do próprio diretor. Confesso que não peguei boa parte das referências, todas pop e muitas do universo norte-americano, mas entendi que se tratava de citações — o roteiro sobrevive de piadas que são referências a filmes, música, televisão, HQ etc. E me surpreendi com a capacidade de Mark Wahlberg fazer humor. Ele está ótimo no papel de um sujeito de 35 anos que encara a vida como adolescente. E há também ótimas surpresas, reversões de expectativas (como na cena em que Mark aparece num show de Norah Jones), pois estamos em uma comédia. No entanto, o filme se perde quando abandona o tom politicamente incorreto — o grande mérito — para apostar na comédia romântica chatinha envolvendo Mark e Mila Kunis. Essa mistura, decisivamente, não funciona. No mais, o divertimento é garantido.