FIM DA GREVE

Técnicos em radiologia voltam ao trabalho em Campinas

Saúde estuda a possibilidade de contratar mais profissionais para a área de raio X

Patrícia Azevedo
03/10/2013 às 21:34.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:07
Funcionário do setor de radiologia do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti durante procedimento (Carlos Sousa Ramos/AAN)

Funcionário do setor de radiologia do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti durante procedimento (Carlos Sousa Ramos/AAN)

Os 93 técnicos em radiologia que estavam em greve desde segunda-feira por melhores condições de trabalho reassumiram ontem suas funções nas unidades de saúde de Campinas. A paralisação, que cobrava também a contratação de funcionários e a compra de novos equipamentos, mobilizou 70% dos profissionais e terminou sem avanços para a categoria. Durante a greve, mais de 1,3 mil exames e tratamentos deixaram de ser feitos, causando uma série de transtornos para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (SMTC) afirmou que segue negociando com a Administração. Os técnicos querem manter o debate sobre as reivindicações, como a contratação de mais técnicos em radiologia, convocação de auxiliares de radiologia, redução de jornada de trabalho para 20 horas semanais — hoje são 24 horas — e implantação da radiologia digital. Os técnicos reivindicam ainda aposentadoria especial e correção da base de cálculo dos salários. Segundo a Secretaria de Recursos Humanos, as prioridades para contratação na Saúde são de funcionários da área administrativa, técnicos de farmácia, saúde mental e enfermagem. Depois que essas pessoas forem chamadas, a Saúde estuda a possibilidade de contratar mais profissionais para a área de raio X. Na noite de terça-feira, uma liminar judicial obtida pela Secretaria determinava que os técnicos mantivessem 100% do atendimento de urgência e emergência e 30% do efetivo trabalhando. Segundo a Secretaria, isso não foi feito e o sindicato afirmou que a entidade não havia sido notificada sobre a decisão, mas ressaltou que manteve os 30% do efetivo trabalhando, como manda a lei. No Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, o Ambulatório deixou de fazer 60 exames.No setor de radioterapia, 62 tratamentos foram cancelados. Segundo a assessoria de imprensa, não foi possível avaliar o prejuízo junto à urgência e emergência.

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