CARLO CARCANI

Técnicos

Carlo Carcani
carlo@rac.com.br
22/03/2013 às 23:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:30

A coluna de hoje será destinada a treinadores de futebol que estão em evidência no momento, seja para o bem, seja para o mal. E começo com Felipão, que esteve perto de conquistar sua primeira vitória no retorno à Seleção e mais perto ainda de amargar a segunda derrota. Um empate isolado com a Itália é normal, mas há tempos o Brasil não consegue vencer um adversário tradicional com sua força máxima. É preocupante porque estamos a três meses da Copa das Confederações e a Seleção não consegue se impor.

Felipão não deveria perder tempo, por exemplo, com um novo volante como Fernando, do Grêmio. Ele já tem Hernanes, Ramires, Paulinho, Jean e Ralf como excelentes opções. Deveria aprimorar os setores já definidos e concentrar suas buscas em mais um 9 (Fred está bem, mas não tem reserva) e em outros nomes para o lugar de Hulk, que não justifica a presença de seu nome em tantas convocações. Mas um time com Neymar, Oscar e Lucas não pode ser desprezado. Ah, deixar Thiago Silva no banco também é uma decisão difícil de se entender.

No São Paulo, Ney Franco está sob enorme pressão e muitos acham que após o jogo contra o The Strongest ele será demitido. Acho que o São Paulo deveria apóia-lo. Primeiro porque teve coragem (e competência) quando resolveu deixar um craque caro e apático como Ganso no banco nos jogos mais importantes. Decisão correta, que muitos técnicos não tomariam para não desagradar a diretoria que pagou R$ 24 milhões pelo “craque”. E na crise com os atletas, é lamentável que Lúcio, com toda sua experiência, tenha se comportado de maneira tão infantil na derrota para o Arsenal. Está no banco, em outra decisão acertada de Ney.

Mourinho já viveu momentos mais duros na temporada, mas está em alta após vencer o Barcelona duas vezes e eliminar o Manchester United na Liga dos Campeões. Ao invés de curtir o bom momento, resolveu fazer uma gravíssima acusação à Fifa. O português disse que não foi à cerimônia de premiação de melhor treinador do ano porque a entidade teria manipulado os resultados, tirando votos dados a ele. A Fifa já estuda um meio de punir o treinador por que considera sua atitude uma tremenda irresponsabilidade. Falar isso sem ter provas realmente é uma infração que não pode ser ignorada pela Fifa.

Agora vamos aos técnicos da cidade. Guto Ferreira repetiu o feito de Jair Picerni e escreveu seu nome na história da Ponte Preta. O treinador, porém, precisa descobrir por que o time vem de duas atuações tão abaixo de seu rendimento normal. Por enquanto, não é nada preocupante, mas atuações convincentes são necessárias para manter o elenco confiante e focado.

Por fim, Branco. A derrota de quinta-feira teve requintes de crueldade: de virada, em casa e com gol aos 49’ do 2º tempo. Com apenas duas vitórias em todo o campeonato, o Guarani precisa ter poder de superação nas seis partidas decisivas. Branco muda o esquema e a escalação a cada rodada e isso não ajuda em nada. O Guarani não tem uma forma de jogar e seus jogadores terão que passar por cima disso para impedir um novo rebaixamento.

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