Guto Ferreira foi orientado pelo inesquecível treinador quando começou no São Paulo
Não dá para afirmar que Guto Ferreira seja um pupilo do inesquecível Telê Santana, que morreu em 2006 e ficou marcado por comandar a mágica Seleção na Copa do Mundo de 82 e a vitoriosa geração do São Paulo no início da década de 90. Mas uma coisa é certa: não fosse o "Mestre", a vida profissional do treinador da Ponte Preta certamente teria tomado outros rumos.
Afinal de contas, foi Telê quem deu aval para a contratação do novato que acabara de sair do XV de Piracicaba para o sub-17 do Tricolor. "Cheguei muito bem indicado por dois diretores de peso do clube. Mas, antes de ser contratado definitivamente, me alertaram que seria preciso convencer o Telê. Marcada a entrevista de emprego, o que aconteceu foi um monólogo. Só ele falou durante quase meia hora. Disse que não gostava de treinador que não tinha sido jogador, mas também não tinha nada contra. Só cobrou empenho para dar ênfase ao trabalho de fundamentos. 'Nunca me traga um jogador que não saiba bater na bola'. Esta foi a principal recomendação que recebi dele e nunca me esqueci", conta Guto.
Aplicando a filosofia de Telê, o pontepretano vem fazendo um trabalho diferenciado de fundamentos e já recuperou atleta que estava desacreditado no elenco. O maior exemplo é o zagueiro Cleber, hoje "titularíssimo", que raramente era utilizado por Gilson Kleina durante o Brasileirão do ano passado.
A revelação de jogadores da base também faz parte desse processo e, hoje, a Macaca já conta com quatro pratas da casa no elenco: o goleiro Juninho, o lateral Renan, o volante Alef e o atacante Rossi.
AMIGO DE MURICY
Guto conta que também recebeu muito apoio de Muricy Ramalho, que na época era o auxiliar direto de Telê Santana. “É uma pessoa de caráter, em quem sempre procurei me espelhar. Trabalhamos dois anos e meio no São Paulo e depois nos reencontramos no Internacional em 2005. Além de ser um grande profissional e ser humano, é um vencedor. Tomara, eu consiga chegar a tantas conquistas como ele e que consiga montar times tão bons como ele.”
Domingo (17/02), diante do Santos, Guto garante que a amizade vai ficar fora do campo. “O jogo reúne dois times que estão em bom momento e vale a primeira colocação. Precisa mais do que isso para ser um atrativo especial para o torcedor?”, pergunta.
CLEBER VIRA DÚVIDA
O zagueiro Cleber torceu o tornozelo esquerdo durante o aquecimento para o treino coletivo desta tarde de sexta-feira (15/02) e se tornou dúvida no jogo da Macaca com o Peixe, domingo, às 18h30, no Majestoso, pela oitava rodada do Paulistão.
O jogador deixou o campo com fortes dores e neste sábado (16/02) passará por uma avaliação no departamento médico. Caso seja vetado, o técnico Guto Ferreira poderá optar entre Wescley e Diego Sacoman. “Cada um tem seu jeito de jogar. Dei oportunidade aos dois, mas vou pensar nisso só depois da posição dos médicos”, disse.