Papa 1
Amaury Frattini
Aposentado, Campinas
D. Airton, arcebispo de Campinas, resumiu a renúncia do papa Bento XVI como uma atitude de coragem e de humildade. Concordando, posso dizer por experiência própria que a idade limita a resistência do ser humano, impedindo sua atenção contínua no desempenho de funções que exigem raciocínio, memória para deliberações rápidas, justas e precisas. Então, é hora de parar. Uma decisão difícil e muito dolorosa para quem renuncia ao poder conquistado com muita dedicação e sofrimento, exigindo, como disse d. Airton, muita coragem e humildade para voltar à sua vida simples. Nos resta concordar, esperando que o próximo papa também seja humilde e corajoso.
Papa 2
Luiz Carlos F. Magalhães
Padre e jornalista, Campinas
Em nome da competência. Esse foi o melhor artigo que li a respeito da situação da renúncia do papa. Parabéns, Zeza Amaral, que abordou neste jornal não apenas a renúncia, mas fatos controvertidos que ocorreram no passado da Igreja. Realmente, “muitas esquisitices sobre a Igreja Católica” foram escritas em jornais e eu ouvi em rádios da cidade. Uma pena! Nessas horas aparecem muitos “vaticanistas” especialistas em assuntos do Vaticano. Gente que pensa que sabe! Final feliz para todo o seu parecer: “não estou aqui defendendo o papa... apenas defendendo o direito das pessoas acreditarem no que as confortam e apenas isso... E respeito é bom e todo mundo gosta”.
Teatro
Luiz Nunes
Ator, Campinas
Uma referência na programação cultural, nas férias de janeiro de Campinas e Região Metropolitana, já há 28 anos, a Campanha de Popularização do Teatro de Campinas cumpre um papel que considero essencial para que possamos pleitear maiores investimentos no segmento. A reinauguração do Teatro Castro Mendes foi a tábua de salvação para que essa 28 edição acontecesse. Polêmicas e vaidades à parte, só podemos agradecer aos incansáveis diretores da APTC – Associação dos Produtores Teatrais de Campinas, por malharem nesse ferro “morno” que é a cultura pública campineira. Enquanto seus representantes brigavam pelo direito ao óbvio, que é ter um teatro público na “terra de Carlos Gomes”, não faltaram críticas e desejos contrários. A campanha é a oportunidade, a porta, para que haja continuidade na formação de um público para o teatro, as artes (...). Não há nada mais frustrante que idealizar o melhor e não ter como, nem onde mostrar. (...)
Violência
Luiz Gonzaga Pereira
Economista, Campinas
O mundo está cheio de momentos, alguns excelentes ou bons e de muitos momentos ruins e tristes. Em nosso País, vivenciamos momentos degradantes: atitudes de nossos políticos que deixam a desejar, locupletação de desvios de conduta para satisfazer desejos inconfessáveis, somados ao complexo mundo de criminalidades, ou seja, sequestros, roubos, explosão de caixas eletrônicos, tráfico de tóxicos, terrorismo como o que está ocorrendo no Estado de Santa Catarina, locais de divertimento público inadequados e perigosos, inseguros. (...) O País realmente atingiu um estado alarmante de criminalidade, esperteza, oportunismo, corrupção etc. (…) Acordem brasileiros antes que seja tarde em demasia...
Futebol
Carlos Alberto Ebert Burghi
Fonoaudiólogo, Campinas
As historiadoras sra. Luciane Reis e sra. Rosane Bardanachvili, que retratam o Pó de Arroz no futebol, na novela da Globo, Lado a Lado, no horário das 18h, precisam sair urgentemente dessa província, Rio de Janeiro, e fazer uma ponte-aérea até o Estado de São Paulo, no município de Campinas, para aprenderem que a primeira democracia racial na história do futebol brasileiro aconteceu aqui em Campinas, com Miguel do Carmo (1885-1932), um dos fundadores oficiais da Ponte Preta, com apenas 15 anos, e considerado o primeiro atleta futebolístico negro a fazer parte de uma equipe de futebol. Os cariocas montaram uma equipe de futebol somente em 1901, com a participação de Victor Etchegaray e Walter Schubak e, em 11 de agosto de 1900 nascia a Ponte Preta.
Meteoro
Helio Rosolen
Aposentado, Campinas
Dias atrás escrevi nesta mesma coluna que não temos nada a comemorar neste ano de 2013 e disse a razão. O calendário dos Maias previa que o mundo acabaria em 22 de dezembro do ano passado, nada aconteceu, como eu previa. Depois de tudo o que aconteceu após essa data comecei a imaginar que algo existe de subrenatural, que ainda está por vir. Veja o meteoro que passou perto da Rússia, o estrago que fez com mais de mil vítimas e que podia ser muito maior. O asteroide que passou a 27 mil quilômetros, um décimo da distância entre a Lua e a Terra, pesando 135 mil toneladas, já deixou os entendidos do assunto com os cabelos arrepiados. Fenômeno natural como esse e outros, que nós mesmos provocamos, é que deixam o mundo todo em alerta. Eu mesmo vou começar a entender as coisas de outra forma.
Jeitinho
Margareth Brandini Park
Escritora, Campinas
Não sou a favor de projetos que são implantados com “jeitinho”. Concordo totalmente com análises profundas, minimização de impactos ambientais, contrapartidas logísticas etc. Ao ler nas páginas deste jornal, que há um impasse com relação à implantação do complexo Sírio Libanês e que no momento Viracopos será priorizado, me pergunto se não seria possível ocorrer encaminhamentos para os dois empreendimentos. Meu argumento principal? Uma cidade do porte de Campinas precisa investir na saúde de sua população com hospitais que ampliem o número de leitos, contribuam com atendimento de qualidade, ou não? Queremos viajar com muita saúde!
Verão
Oswaldo Baptista Pereira Filho
Eng. eletr. aposentado, Campinas
O governo ratifica todo ano que os consumidores economizaram x reais, y kWh e que isso daria para alimentar a cidade tal por período tal. Tudo isso é balela, pois as concessionárias querem mais é vender energia e o povão não está preocupado em economizar 0,5 % sobre a carga total de energia consumida no País. (…) O artigo Energia com qualidade de vida, de Rodrigo Bianchi, desmistifica pelo menos em grande parte o assunto. Realmente o Horário de Verão quebra a curva da demanda no horário crítico das 18h em muitas regiões do País, assim como Campinas. A verdade, é que, com essa medida, minimizamos os riscos de termos blecautes (apagões) e racionamentos, fazendo com que muitas concessionárias do setor posterguem os investimentos em usinas e linhas de transmissão (...)
Tragédia no Sul
Artur Mendes
Publicitário, Campinas
No caso da boate Kiss, cobrar indenização da Prefeitura, no fundo, é cobrar do povo. Justo e exemplar seria cobrar do prefeito, pessoa física. Só assim nossos governantes seriam mais zelosos. Afinal, se é a Prefeitura que paga o pato, quem vai se preocupar por erros e omissões? E assim vamos continuar com boates sem alvará, buracos na rua, favelas, casas em encostas de morro e margens de rio, prédios fora de gabarito, edificações em desacordo com leis de zoneamento etc., etc., etc...