POLÍTICA

Tarso: resgate de FHC por Aécio leva 'conteúdo' à disputa

No sábado Aécio defendeu as privatizações feitas na gestão FHC que "tão bem fizeram ao Brasil"

Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
20/05/2013 às 12:27.
Atualizado em 25/04/2022 às 15:23

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), afirmou, no domingo, 19, que a disputa presidencial de 2014 terá “mais conteúdo” depois que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) passou a defender o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na convenção tucana de sábado, 18, que elegeu o mineiro como presidente nacional do PSDB, Aécio defendeu, em seu discurso de posse, as privatizações feitas durante a gestão FHC e disse que elas “tão bem fizeram ao Brasil”.

No domingo, 19, pelo Twitter, Tarso Genro destacou a deferência do senador ao ex-presidente. “Aécio Neves colocando FHC como referência programática coloca o debate nacional nos seus devidos termos: a disputa terá mais conteúdo”, postou.

O governador gaúcho integra uma corrente minoritária dentro do partido e com alguma frequência diverge das posturas adotadas pela tendência majoritária do PT, da qual fazem parte o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu. Tarso foi presidente interino do PT quando Dirceu e o hoje deputado José Genoino, que à época comandava o partido, foram abatidos pelo escândalo do mensalão. À época, o governador defendeu que o partido fosse “refundado”. No fim do ano passado, ele disse que o PT deveria “esgotar a agenda de solidariedade” com os condenados no mensalão e deixar o episódio de compra de votos “para a história”.

A tônica dos demais petistas que se manifestaram ontem em relação ao resgate de FHC por Aécio foi diferente. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) considerou a manifestação tardia. “Ele agora tenta ressuscitar um governo do qual o povo brasileiro já se esqueceu”, afirmou. “O senador tem pouco a dizer ao Brasil e demonstra um discurso que não mobiliza o País.”

O secretário de Comunicação do PT, Paulo Frateschi, afirmou que Aécio “tinha de consultar mais o povo” e o criticou por abordar temas menos palpáveis para o eleitor. “Ele não pode falar coisas tão fora da realidade, fora da vida das pessoas. Quem sabe viajando agora pelo País ele aprende um pouco.”

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