MOACYR CASTRO

Tá apertado?

Moacyr Castro
19/05/2013 às 05:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 15:45

Venezuela, Bolívia, Cuba... De repente, um denominador comum junta o Brasil a esse trio: os suspeitíssimos hábitos higiênicos impostos aos seus povos.A mais nova aventura, incômoda como uma cólica, acontece em terras venezuelanas. Com a falta de papel higiênico naquele lugar, o país vive um rolo que não acaba mais. A carência efetiva, devida aos imperialistas pelo novo presidente Maduro, revela fatos nunca antes conhecidos na escória daquele país. Por exemplo: você sabia que os 25 milhões de venezuelanos usam 125 milhões de rolos de papel higiênico por mês? A morte do Chávez e o medo da recessão com a sucessão elevaram as vezes de idas aos banheiros públicos e privados, forçando os revolucionários bolivarianos a importar 50 milhões de rolos.O alívio geral é comemorado com festança no porto, posto que toda a nação foi convidada pelo filho espiritual do Hugo. O mundo só espera que não inventem de celebrar em público. Já pensou se o papel for brasileiro, aquele que se rompe após a sessão de descarrego? Que deselegância!Fidel Castro esteve em Caracas para se tratar de um câncer no intestino, que não é câncer, como foi mal diagnosticado por médicos cubanos daqueles que a Dilma quer importar. Mas a causa que deixou o facínora da ilha com aquela cara de ‘bunda sem lavar’, pode crer, é a tinta do papel de imprensa. É sabido que em Cuba, quase sempre também falta papel higiênico, mas não faz mal, não faz mal, eles limpam com jornal. Lá tem esse nome, mas não é livre nem serve como sempre livre. É que o livro de maior sucesso naquele imenso presídio é uma obra com os pensamentos do ‘cumpanhêro’. Esse sim, impresso em bom papel, com boa tinta. (E o ditador pensando que o povo compra o livro para ler...)O Natal de 1978 foi aflitivo para os bolivianos, antes de eles passarem a exigir o que querem da Bolívia do Leste -- que os atende prontamente. O país importava daqui papel higiênico, tábua de bater carne, fósforo, tamanco, chapéu coco do Cury, chiclete pra cachorro, esterco e demais quinquilharias. Quando chegava o fim do ano, o “trem da morte”, que fazia Bauru-Corumbá-Santa Cruz de La Sierra, chegava abarrotado com artigos para as festas e presentes natalinos, ainda que distribuídos mais no Dia de Reis. O cargueiro enguiçou no meio do caminho e foi terrível fazer a muamba chegar a tempo lá. Hoje, certamente, Evo conseguiria da companheira Dilma permissão para sugar tudo pelo gasoduto, o mesmo que usa para obrigá-la a comprar seus gases.Aqui, o atual ou ex-presidente já mandou o povo fazer xixi durante o banho para economizar água – até os índios taparam o nariz. Nada a estranhar. Afinal, vá saber onde d. Pedro I escreveu seu primeiro ato após proclamar a Independência. É certo que depois do grito, saltou da mula e correu pro mato.Pregado no poste: “Se um dia a Pátria amada precisar da macacada...”

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