Crime ocorreu na saída de uma boate, após confusão por causa de ciúmes
Suspeito mostra à polícia o local em que teria jogado a arma do crime (Reprodução)
Um jovem de 18 anos, considerado pela polícia como o autor do assassinato do estudante de engenharia, Synésio Martins, 27 anos, ocorrido no último dia 14, na saída de uma boate em São José dos Campos, entregou-se nesta sexta-feira (26) à polícia.
Acompanhado por uma advogada, o jovem teria confessado o crime, segundo informou o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Osmar Henrique de Oliveira. Além de atirar contra a vítima, o suspeito feriu outras duas pessoas. Ele era considerado foragido e estava com a prisão preventiva solicitada à Justiça.
Segundo a polícia, ele confessou que matou o estudante por ciúmes. A defesa do suspeito alegou que ele tentou se defender da "injustiça que estava sofrendo dos amigos de Synésio".
O suspeito não trabalha nem estuda, segundo a polícia, e tem um registro de ato infracional por suposto envolvimento com o tráfico. O delegado informou que ele deve ficar detido na cadeia pública de Caçapava.
As imagens das câmeras do Centro de Operações Integradas (COI) e depoimentos auxiliaram na identificação do autor do crime, ocorrido no último dia 14 na avenida Luiz Jacinto, conhecido ponto de bares e baladas da cidade.
Antes de o suspeito se entregar, a polícia chegou a ouvir um soldado do Cavex (Comando de Aviação do Exército) como autor do crime. Mas nada ficou comprovado contra o soldado, que foi liberado.
O desentendimento entre a vítima e o suspeito começou dentro da casa noturna porque o estudante teria tocado involuntariamente no cabelo da namorada do autor do crime.
Inicialmente, houve uma discussão, mas o suspeito teria ido até a casa dele para pegar uma arma e voltou para a balada de táxi. Em frente à boate, a discussão teria recomeçado e o suspeito disparou três vezes contra Synésio e outras três no amigo da vítima, que tentou apartar a briga.
Durante a confusão, a namorada do suspeito também teria batido com o celular na cabeça da noiva do amigo de Synésio. Após o crime, o suspeito e a namorada deixaram o local caminhando em direção ao Centro. No caminho, a arma usada no crime foi jogada em um matagal pelo autor dos disparos. A arma não foi encontrada pela polícia.