Levantamento feito pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), da Secretaria de Saúde de Campinas, aponta que ao menos 41 pacientes foram contaminados pela bactéria multirresistente Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) em sete hospitais da cidade neste ano. Treze unidades de saúde foram consultadas para a elaboração do balanço. Os números vieram à tona depois que o Hospital e Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas, anunciou no último fim de semana o fechamento da ala adulta da unidade de terapia intensiva (UTI) em razão de um surto da superbactéria. Em razão disso, o Devisa decidiu aumentar, por meio de coleta e sistematização de informações, a Vigilância de Multirresistência em Campinas, com o objetivo de melhorar o conhecimento da ocorrência nos hospitais para monitorar e avaliar de maneira oportuna a implementação de medidas de controle e prevenção da transmissão. “Para a correta análise do risco necessitamos incrementar a parceria com os hospitais e laboratórios”, afirmou a médica infectologista Ana Laura Tosi Zanatto Bortolli, que coordena o trabalho. Nas próximas semanas serão agendadas reuniões com os hospitais e laboratórios de Campinas para estabelecer os novos processos de trabalho. “A ideia é que nós recebamos as informações e possamos fazer as análises e as divulgações para as intervenções que minimizem ainda mais os riscos relativos à assistência em saúde”, completa a coordenadora. Celso Pierro Na última quarta-feira (31), um novo balanço divulgado pela direção do Hospital Celso Pierro mostrou que o número de casos dentro da unidade havia aumentado de 11 para 15. Sete deles estão isolados em leitos da ala adulta da UTI, que está fechada, e oito estão isolados em vagas de internação comum. A superbactéria não responde com facilidade a antibióticos e pode causar pneumonia e vários tipos de infecção, além de evoluir para infecção generalizada e, eventualmente, levar à morte.