Suíça, um cartão-postal

Distante do Verão que abrasa os trópicos, o Turismo percorreu a Suíça e mostra, em duas edições que, apesar das baixas temperaturas, o país recebe com calor o turista, e oferece, além de animadas festas, paisagens deslumbrantes e emolduradas pela neve. Na primeira parada do Especial Suíça, a reportagem desembarcou na capital, Zurique, e passou também por Lucerna.Encravada no meio da Europa, a Suíça muitas vezes passa despercebida dos brasileiros que planejam viajar ao Velho Mundo. Não tem o mesmo apelo de destinos como França, Espanha, Inglaterra ou Portugal, os campeões de preferência dos brasucas que cruzam o Atlântico, mas reúne num espaço pequeno, do tamanho do estado do Rio de Janeiro, uma variedade de paisagens e culturas que impressiona. São quase 8 milhões de habitantes e quatro idiomas oficiais: alemão, francês, italiano e romanche.Maior cidade e centro financeiro do país, Zurique fica na “área alemã”. A paisagem à beira do Lago Zurique, com os picos nevados dos Alpes ao fundo, é um verdadeiro cartão-postal. Pela Cidade Velha, construções do século XVI dão o exemplo da rica história da região. Apesar da dificuldade natural que muitos turistas têm com o idioma, andar por essa encantadora cidade é fácil.Para os que desejam experimentar a eficiência suíça nos transportes — sempre pontual e com equipamentos novos —, a ideia é adquirir o Swiss Pass, o passe de trem para qualquer destino no país, que além de contemplar as viagens sobre trilhos, cobre também todas as despesas com travessias de barcos e transporte urbano em 75 cidades pelo período contratado (a partir de 170 euros). Além disso, o passe oferece ingresso livre a 470 museus do país e desconto de 50% na maioria dos teleféricos e trens de montanha. Pernas pra que te queroEntre uma estação e outra, o negócio é bater perna. Boa parte das atrações está entre o Lago Zurique e o Rio Limmat, como a Grossmünster, imponente igreja com torres duplas que é o símbolo da cidade. Na Europa, as igrejas servem bem para retratar o período histórico no qual foram erguidas e visitá-las não é um passeio religioso, mas sim uma volta ao passado. A Igreja de St. Peter, por exemplo, é a unidade paroquial mais antiga de Zurique e possui o maior mostrador de relógio do continente.Para quem gosta de tirar fotos, não deixe de visitar um antigo forte romano, o Lindenhof, de onde é possível desfrutar de uma incrível panorâmica da Cidade Velha e do Rio Lammat. Aproveite a região e sinta-se no período medieval, com ruas estreitas e antigas construções. E não estranhe ao ver fontes de água natural por todos os lados. Elas são um marco de Zurique, que tem mais de 1,3 mil espalhadas, todas abastecidas com uma água refrescante e limpa que desce dos Alpes e forma o Lago Zurique.Para os fãs do turismo de compras, Zurique reúne as principais lojas do Velho Mundo e as mais famosas joalherias em suas ruas e avenidas. A Bahnhofstrasse é a mais badalada e vale a pena namorar com algumas de suas vitrines. Gastronomia e históriaAos visitantes de primeira viagem a Zurique, há uma parada obrigatória: o Restaurante Öpfelchammer, o mais antigo pub preservado da cidade. O local é um dos pontos turísticos mais populares do município desde 1801. Prepara-se para viajar ao passado ao entrar por sua estreita porta e encarar o ranger das escadas. O ambiente rústico serve belas carnes de caça, vinho e uma massinha chamada Spätzle, que acompanha pratos de carne e molho. Uma experiência incrível. Quem planeja uma visita rápida a Zurique deve ficar atento aos dias de funcionamento, já que o pub não abre aos domingos e segundas-feiras.Para aproveitar a paisagem do Lago Zurique, a dica é conhecer o Quai61, que fica sobre as águas. Se o visual impressiona e da cozinha saem pratos dignos também de registro fotográfico. O menu oferece comidas leves e frescas, com destaques para peixes e frutos do mar, tudo com um toque italiano. A visita pode marcar o início de uma charmosa caminhada ao redor do lago. O EDITOR FERNANDO EVANS VIAJOU A SUÍÇA A CONVITE DA RAIL EUROPE E IBERIA