STJD julgará Bugre por briga de organizadas

A briga entre duas torcidas uniformizadas do Guarani no jogo de sábado (3), contra o Madureira, pode custar caro ao clube. Nesta segunda-feira (5), o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Paulo Schmitt, confirmou que o Bugre será julgado pela confusão ocorrida nas arquibancadas do Estádio Décio Vitta, em Americana. O STJD já solicitou as imagens da televisão para dar base à denúncia.Em rápido contato com a reportagem do Correio Popular, Schmitt não forneceu muitos detalhes, mas explicou que o julgamento pode acontecer na semana que vem. "Já foi feita a solicitação das imagens e será realizado o julgamento com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Agora depende da pauta para definir quando isso vai acontecer, mas provavelmente será na próxima semana", afirmou, sem antecipar qual a punição que o Guarani corre o risco de sofrer. "Vai depender da base jurídica", limitou-se a dizer o procurador.De acordo com o artigo 213 do CBJD, o clube será enquadrado por "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto", cuja pena é uma multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil. Se o Tribunal julgar que o episódio foi de "elevada gravidade", o Guarani também poderá ser punido com a perda do mando de campo de uma a dez partidas. Outra alternativa é o cumprimento da pena em um estádio com os portões fechados.Além das imagens, a súmula do árbitro tocantinense Jânio Pires Gonçalves também poderá ser determinante. No documento, o juiz relatou que aos 34' do 1º tempo integrantes de uma torcida invadiram o espaço da outra e foi iniciado um tumulto com troca de socos e pontapés até a ação do policiamento. Também foi registrado que uma das uniformizadas ateou fogo em uma bandeira.DEFESAComo ainda não foi notificado oficialmente pelo Tribunal, o Guarani não se pronunciou sobre o caso nesta segunda, mas o presidente Álvaro Negrão deverá convocar uma entrevista coletiva, nesta terça-feira (6), para explicar quais medidas serão tomadas. Entre os jogadores, fica a expectativa para que o clube saia ileso. "Sabemos o quanto isso prejudica. Gostamos de atuar com o apoio da torcida e, se jogando longe do Brinco já é difícil, ficar mais distante é ainda mais prejudicial", disse o lateral-esquerdo Pedro Henrique.