catarata (Divulgação)
Foto: Divulgação Aron Guimarães, do Hospital e Maternidade Santa Tereza: “O único recurso efetivo para resolver o problema é a cirurgia” Os anos passam e não há como evitar alguns problemas inerentes à idade. Um dos mais comuns é a catarata, doença que atinge pessoas na faixa dos 60 anos. Uma das causas de cegueira em todo o mundo, a catarata consiste na opacificação do cristalino, a lente natural localizada no interior dos olhos. A doença tem como fatores de risco idade avançada, exposição cumulativa ao sol ao longo da vida, diabetes e uso de medicações, como corticoides. De acordo com o médico Aron Guimarães, coordenador médico e responsável técnico pelo Setor de Oftalmologia do Hospital e Maternidade Santa Tereza, muitos confundem catarata com pterígio, que se trata de um tecido que cresce sobre a córnea e muitas vezes também tem que ser retirado cirurgicamente. Diferentemente da cirurgia do pterígio, a intervenção da catarata é intraocular – uma incisão na córnea possibilita ao cirurgião a manipulação das estruturas intraoculares, entre elas o cristalino. “O único recurso efetivo para resolver o problema é a cirurgia, que consiste na retirada do cristalino opacificado e no implante de uma lente artificial, que funciona como óculos em miniatura, permanentemente fixados no interior do olho. A finalidade essencial da cirurgia de catarata com implante de lente intraocular é substituir o cristalino opaco por uma prótese (LIO = Lente Intraocular). Tratam-se dos procedimentos facectomia com lente intraocular com facoemulsificação ou facectomia com lente intraocular sem facoemulsificação”, explica o médico. O tipo de lente a ser implantada é muito discutido. Assim como as lentes de óculos, existem diversas marcas e modelos, como as rígidas, para as quais é necessária uma incisão maior na córnea, e as LIOs dobráveis, que requerem incisão menor e não necessitam de sutura, na maioria das vezes.Planos cobrem “Considerando que a facectomia (cirurgia para remoção da catarata) com implante de lentes intraoculares integra o rol de procedimentos e eventos médicos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de saúde assumem a responsabilidade na aquisição da lente intraocular monofocal esférica, devidamente registrada na Anvisa, popularmente conhecidas como lentes nacionais”, ressalta.Essa cobertura não se estende à utilização de lentes intraoculares de características especiais, comumente chamadas de lentes importadas. Nesse caso, a aquisição caberá ao paciente, que deverá ter ciência disso e, junto a seu médico, decidir a melhor opção. “Cada vez mais, essas lentes diferenciadas têm sido utilizadas e diversos estudos mostraram vantagens na visão quando comparadas com as tradicionais esféricas. Deve-se ressaltar que somente com uma consulta completa e exames específicos pode-se determinar qual o tipo de lente mais adequado para determinado paciente”, observa Guimarães.