CARLO CARCANI

Sobre Veiga, Barbieri e Guto

Carlo Carcani
28/03/2015 às 18:59.
Atualizado em 23/04/2022 às 18:20

A coluna deste domingo faz um balanço sobre o trabalho dos três técnicos do futebol de Campinas. Começo por Marcelo Veiga, que está por um fio no comando do Guarani e pode ter sua demissão anunciada a qualquer momento. A campanha na Série A2 não é desastrosa, mas o futebol que o time apresenta é muito pobre.   O Guarani tem uma enorme dificuldade para trabalhar a bola. Abusa dos chutões, é previsível e não sabe tirar proveito de seu centroavante, que foi artilheiro da divisão em 2014. Atualmente, Nunes morre de fome de ataque porque a bola raramente chega até ele.   Para subir, o Bugre terá de adotar uma mentalidade mais ofensiva, com a participação de vários atletas no desenvolvimento das jogadas. A atuação de sábado, em Americana, foi sofrível e é por isso que a diretoria estuda mudanças na comissão técnica.   O que Veiga vive hoje, Maurício Barbieri viveu há algumas rodadas no Red Bull. A campanha estava bem abaixo da expectativa (o clube quer a vaga na Série D já em 2015) e o time ainda amargou aquela humilhante goleada por 6 a 1 (a maior da história do Toro) diante do Audax.   Barbieri balançou ali e seria substituído em caso de novo fracasso na rodada seguinte. Mas o Red Bull venceu em Rio Claro, somou dez pontos em quatro rodadas sem sofrer nenhum gol e, neste domingo, chega a um confronto importante com o Palmeiras. O adversário está motivado pelo chocolate que aplicou no São Paulo e é favorito, mas o simples fato de estar na briga pela classificação já é um grande feito do Red Bull. O cenário há duas semanas era tenebroso e hoje o time briga por seu objetivo. Barbieri conseguiu fazer os ajustes necessários para que a equipe alcançasse os resultados esperados. Mesmo sob pressão, ele melhorou o time.   Dos três treinadores, a situação mais confortável é a de Guto Ferreira. Ele vem de um acesso à Série A e dá sequência ao bom trabalho com uma campanha sólida no Paulistão. A Ponte Preta deve se classificar com tranquilidade, apesar da espetacular reação do Audax, que iniciou a rodada com a 6ª melhor campanha na classificação geral.   Guto foi muito bem na partida contra o Santos. Conteve o eficiente ataque do Peixe com um sistema de marcação sustentado por três volantes. Deu liberdade a Renato Cajá, que alimentou a dupla de ataque formada por dois jogadores de velocidade, Biro Biro e Rildo. Funcionou tudo tão bem que a Macaca dominou e derrotou um time que não perdia há 14 partidas.

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