PEDÁGIO

Sistema ponto a ponto tem 59 mil adesões no Estado

Novo sistema de cobrança funciona em rodovias da Região Metropolitana de Campinas

Luciana Félix
12/09/2013 às 22:27.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:33
Sistema Ponto a Ponto está instalado em rodovias da região de Campinas (Camila Moreira/AAN)

Sistema Ponto a Ponto está instalado em rodovias da região de Campinas (Camila Moreira/AAN)

Desde que entrou em operação, em julho passado, pouco mais de 56 mil motoristas aderiram ao sistema Ponto a Ponto (cobrança de pedágio por trecho percorrido) implantado na Rodovia Adhemar Pereira de Barros (SP-340), mais conhecida como Campinas-Mogi. Já na Rodovia Santos Dumont (SP-75), onde o sistema opera há mais de um ano, o número de motoristas cadastrados é de 3,2 mil. No total, 59.449 mil adesões foram realizadas nas duas estradas que cortam a Região Metropolitana de Campinas (RMC).A nova forma de cobrança de pedágio nas rodovias paulistas foi lançada no ano passado pelo governo do Estado com a intenção de reduzir as cobranças de tarifas cheias nas praças de pedágios. Os valores cobrados sempre foram considerados elevados por usuários de rodovias que cortam a RMC e são focos de protestos e reclamações.Com a implantação do novo sistema o objetivo é beneficiar ao menos 1,6 milhão de moradores da RMC, dos municípios do Circuito das Águas e de cidades vizinhas a essas regiões. Porém, devido a dificuldades técnicas, somente a SP-340 abriu a adesão do Ponto a Ponto para qualquer motorista do Estado que utiliza a via.O sistema está implantado na rodovia desde 28 de julho e funciona para motoristas que possuem uma das três operadoras de cobrança de pedágio eletrônico que prestam serviço no Estado (Sem Parar, DBTrans e ConectCar). O usuário liga para a operadora e faz a opção pelo Ponto a Ponto na SP-340. Assim ele não precisa ter dois tags no veículo.SP-75A diferença de mais de 52 mil cadastros, entre as duas rodovias, acontece por causa de uma limitação da própria Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) que só autorizou motoristas de Indaiatuba a aderirem ao sistema na SP-75. Condutores de Campinas, Salto e Sorocaba, por exemplo, aguardam há meses o início do cadastramento para utilizarem o sistema.A Artesp explicou que a demora para expandir o Ponto a Ponto para as demais cidades ao longo da Santos Dumont se deve a problemas operacionais. Como a via foi escolhida para funcionar como “projeto piloto”, optou-se por fazer um cadastramento a parte e utilizar um tag fornecido pelo Estado para o processo. Esses tags foram entregues aos motoristas de Indaiatuba. Mas, segundo a Artesp, o modelo que será utilizado em todas as rodovias utilizará os atuais tags disponibilizados pelas operadoras de cobrança eletrônica, para evitar que os motoristas tenham que trafegar com dois aparelhos no veículo. Ainda não há uma definição de data para que a implantação nos demais municípios que margeiam a SP-75 seja feita. A Artesp se limita a informar que estão ocorrendo estudos e adequações para que o projeto passe a ser oferecido aos outros municípios.InsatisfaçãoA demora para ampliar o novo modo de cobrança aos condutores dos municípios que margeiam a Santos Dumont tem gerado insatisfação entre usuários da via, principalmente entre motoristas que constantemente utilizam o trecho que liga Campinas e Indaiatuba. Eles acabam pagando tarifa cheia, R$ 10,50 por sentido. A distância entre os municípios é de cerca de 20 quilômetros. Já os motoristas de Indaiatuba que vão para Campinas, e que aderiram ao sistema, pagam R$ 4,20 por sentido. Os de Campinas se sentem lesados por ainda não serem beneficiados com o Ponto a Ponto.“Tenho clientes em Indaiatuba, mas minha empresa fica em Campinas, onde moro. Faço várias viagens durante a semana e pago tarifa cheia. O preço é muito elevado. Gasto R$ 21,00 só de pedágio. É um roubo”, reclamou o empresário Ronaldo Rezende Byrro, de 48 anos. Ele afirmou que pretende aderir ao sistema assim que for autorizado aos motoristas de Campinas. “A economia será enorme. Poderei vir até mais vezes para Indaiatuba”.O consultor de vendas José Luiz Laudelino, de 42 anos, também mora em Campinas, mas tem uma empresa em Indaiatuba. “Costumo marcar todas as coisas que preciso fazer em Indaiatuba em dois dias. A tarifa é muito cara. As vezes até deixo de vir por causa disso. No final do mês o gasto é muito exorbitante. Não dá pra entender essa demora”, afirmou.SP-340Na SP-340, os motoristas pagam R$ 9,50 na praça do pedágio do Km 123, em Jaguariúna. Com o sistema, o valor nesse ponto passa a ser de R$ 4,75. Na rodovia há, por enquanto, um único pórtico, no Km 147, em Santo Antônio de Posse, onde a cobrança é de R$ 4,75. A Artesp irá implantar outros pórticos na estrada.

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