Tenho escutado muita gente reclamar que a redução de voos em Viracopos é um passo atrás no crescimento do aeroporto. O que essas pessoas não conseguem enxergar, em primeiro lugar, é que Viracopos não é dono das companhias aéreas
Eduardo Gregori ( Janaína Ribeiro/Especial para a ANN )
Foto: Janaína Ribeiro/Especial para a ANN Eduardo Gregori Tenho escutado muita gente reclamar que a redução de voos em Viracopos é um passo atrás no crescimento do aeroporto. O que essas pessoas não conseguem enxergar, em primeiro lugar, é que Viracopos não é dono das companhias aéreas, ou seja, não tem o poder de disponibilizar menos ou mais voos ao sabor da demanda dos passageiros.Quem decide o número de aviões que partem e chegam a qualquer terminal aéreo do mundo são as companhias aéreas. É bom lembrar também que a quantidade de voos é fruto da demanda. Uma companhia até pode trabalhar no vermelho em algum trecho por um tempo, quando quer investir ou estimular uma rota. Mas, antes de tudo, voar é uma operação que precisa ser viável economicamente. Vivemos já há algum tempo em uma crise econômica. Temos observado muitos aviões operando com baixa ocupação. Explicando bem resumidamente, é melhor ter menos voos saindo com uma taxa de ocupação maior, do que manter vários com poucos passageiros. É uma questão de sintonia fina, e que toda empresa séria deve fazer para se manter no mercado. Nem Viracopos e nem as companhias aéreas estão dando um passo para trás. Ambos estão se ajustando a uma nova realidade mundial, na qual as pessoas estão viajando menos. As vezes, uma parada é importante para crescer com solidez e base em uma demanda real. Eduardo Gregori é editor de Turismo do Grupo RAC