CAMPINAS

Sindicatos esperam 10 mil nas ruas no dia 11

Movimento, simultâneo em todo o Brasil, quer chamar a atenção do governo para reivindicações

Bruna Mozer
05/07/2013 às 05:04.
Atualizado em 25/04/2022 às 09:38

As centrais e sindicatos de Campinas mobilizam os trabalhadores de todas as categorias para a paralisação que está marcada para a próxima quinta-feira (11). O movimento é nacional e pretende chamar a atenção do governo à pauta de reivindicações — que vai desde redução da jornada de trabalho até a retirada do projeto que tramita no Congresso, que trata de terceirizações. Em Campinas, a expectativa é que cerca de 10 mil trabalhadores participem de uma passeata às 9h, com concentração na Estação Cultura.

Cada sindicato deverá discutir como será feita a paralisação e levar ao debate as reivindicações que estão em pauta. “Pode ter categoria que pare somente duas horas e outras que participem da passeata. A proposta é mostrar para a sociedade que os sindicatos estão organizados. O governo federal já nos recebeu, mas não negociou conosco”, disse Paulo Eduardo Ritz, coordenador regional da Força Sindical, que atesta que o movimento não é uma greve.

Participam da organização todas as 11 centrais sindicais do País e um total de 15 mil sindicatos que unificaram a pauta de reivindicação. Amanhã, os sindicalistas pretendem fazer uma panfletagem no Centro de Campinas para divulgar o ato. “As nossas reivindicações atendem os interesses de toda a sociedade e queremos mostrar o que está acontecendo e o que estamos discutindo”, disse o diretor da subsede de Campinas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Tavares Gomes.

A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região — fundador do movimento da Intersindical Instrumento de Luta e Organização de Classe — avalia a possibilidade de articular uma paralisação durante todo o dia nas fábricas. O presidente do sindicato, Jair dos Santos, afirma que o objetivo será reforçar as discussões em torno dos problemas sociais que foram levados às ruas durante os protestos. “O povo não quer reforma política, o povo quer melhor Saúde, Educação e transporte de qualidade.”

Na pauta de reivindicações está redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução do salário; fim do fator previdenciário; retirada imediata do projeto de lei que trata da terceirização das empresas; exigência de que a redução na tarifa de ônibus não implique em cortes em investimentos; investimento de 10% do Orçamento da União em Saúde e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em Educação.

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