POR EXONERAÇÕES

Sindicato expulsa diretora de Centro Cultural

Entidade afirma que ela teria agredido verbalmente uma funcionária; ela disse que cumpre horários e obrigações e que ficou chocada com o ato

Guto Silveira
12/10/2013 às 00:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 00:31

O Sindicato dos Servidores Municipais, dentro da operação “Xô Sanguessugas”, expulsou, na manhã desta sexta-feira (11), a diretora do Centro Cultural Campos Elíseos, Lana Garcez, funcionária que ocupa cargo em comissão na Secretaria da Cultura. Na quinta-feira, a diretora também foi impedida de entrar no local. Ela é também presidente do PTN em Ribeirão, um dos partidos que participou da coligação que elegeu e reelegeu a prefeita Dárcy Vera (PSD).Em nota, o sindicato apontou que ela tentou coagir uma funcionária, devido à manifestação feita pelo Sindicato no dia anterior. “A entidade que representa a categoria foi chamada, e a sanguessuga, colocada para fora”, registra nota do Sindicato. Ainda informa que os diretores lá estiveram após a denúncia de um servidor, de que a diretora estaria gritando com uma servidora. “Fomos chamados porque a chefe estava tentando coagir nossa servidora com gritos e uma maneira ríspida de falar. Não vamos aceitar mais que estes ‘sanguessugas’ tirem o espaço de quem realmente quer trabalhar, e muito menos tratar mal um servidor. Essa comissionada, ex-candidata a vereadora, que procure algo para fazer, pois ela nem sabe o que está fazendo no Centro Cultural, é uma verdadeira cabide de emprego”, disse o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues. SenhaEm nota, a Prefeitura informou que a coordenadora do Centro Cultural dos Campos Elíseos colocou uma senha nos computadores porque um funcionário da limpeza, que não tinha autorização para acessar os computadores, estava utilizando para fazer postagens no Facebook. “Todos os funcionários administrativos possuem a senha e desenvolvem suas atividades normalmente, sem a necessidade da coordenadora. Com relação ao episódio de hoje (sexta) a coordenadora do Centro Cultural foi abordada por diretores do sindicato com a alegação de que ela estaria constrangendo funcionários do local o que não ocorreu em nenhum momento”. Dizendo-se muito chocada com a forma de ação dos diretores do Sindicato, Lana Garcez explicou que teria tomado a atitude de colocar a senha para evitar que o funcionário da limpeza utilizasse o computador da administração. “Mas passei a senha para os funcionários do setor administrativo, para não ocorrer qualquer problema no trabalho”, afirmou. Ela também afirmou que mesmo não sendo funcionária de carreira trabalha e muito para o Centro Cultural, que depende de verbas de patrocínio e, portanto, de uma boa imagem. “Não nego o direito de manifestação, mas a forma como fizeram. O presidente do Sindicato entrou na sala gritando e quando tentei telefonar ele arrancou o telefone da minha mão e até quebrou o fio”, afirmou. Depois da expulsão, ela foi para a Secretaria da Cultura. EnxotadaDiretor do Projeto Kabuki, desenvolvido na Centro Cultural, Jesiel Paiva saiu em defesa da diretora. Ele disse que os diretores do Sindicato chegaram em um batalhão e enxotaram Lana Garcez do local. “O termo é esse. Ela foi enxotada de forma abrupta. E até crianças que estudam no centro choraram em função dos gritos. Pais de alunos também ficaram chocados”, afirmou. Jesiel disse também ter enviado um e-mail ao secretário da Cultura, Alessandro Maraca, relatando os fatos que viu. “Fico preocupado porque atitudes como estas podem atingir a imagem do Centro e prejudicar os projetos desenvolvidos”, disse.

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