MÚSICA

Silvio Giannetti lança 'Sambas & Choros', seu CD de estreia

Músicas fáceis de ouvir, leves, alegres e que combinam harmonicamente com o trombone foram escolhidas pelo músico paulistano para sua estreia fonográfica

Marita Siqueira
28/04/2015 às 18:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:11
Silvio Gianetti lança seu primeiro CD (Walter Campos Jr.)

Silvio Gianetti lança seu primeiro CD (Walter Campos Jr.)

Músicas fáceis de ouvir, leves, alegres e que combinam harmonicamente com o trombone foram escolhidas pelo músico paulistano Silvio Giannetti para construir o repertório de seu primeiro CD solo e independente, 'Sambas & Choros'. Abre com a contagiante 'Alma Brasileira', de Zeca Freitas, e fecha com a engajada letra de 'E Vamos à Luta', de Gonzaguinha. Nesta última, inclusive, o trombonista também canta, assim como faz em 'Escurinha', de Geraldo Pereira, e 'Se Acaso Você Chegasse', de Lupicínio Rodrigues. Assim, além de estrear com álbum solo, também gravou pela primeira vez a voz. “Sempre cantei em bailes, fiz muitos, mas nunca havia gravado”, diz o artista, revelando que o vocal foi mais um recurso de aproximação do público com a música instrumental, foco do CD. Busca por qualidade “Tem músicos que ‘detonam’ o instrumento, mostram toda a sua capacidade e tal. Eu gosto também, mas se torna uma música para músico, e acho que o Brasil está numa fase de muitas músicas ruins, e o público, infelizmente, está se acostumando a elas. Penso, então, que não adianta fazer música difícil, tem de tentar aproximar o público, no meu caso, do trombone, e a voz em algumas faixas é mais uma forma”, avalia. Exceto 'Faceira', de Ary Barroso, interpretada pela cantora convidada Juliana Amaral, e as três cantadas por ele, as outras faixas são instrumentais, tendo como base flauta, violão sete cordas, sax, piano, clarinete, percussão e bandolim de modo que se ressalte o som o trombone de Giannetti. “Procurei músicas que tivessem a ver com o trombone. Não foi complicado, porque ele cabe muito no samba, no choro, no jazz e na bossa nova”, conta, deixando escapar futuros projetos. Independente “Foi muito bacana fazer esse disco, de forma independente, pois fiz exatamente o que eu queria, e chamei amigos para gravar comigo. É como filho. Você elabora, vê crescer, ganhar forma. Gostei muito, tanto que quero fazer um próximo de bossa nova.” Os amigos a quem o trombonista se refere são: Dino Barione (arranjo, violão sete cordas, bandolim), Jorge Muller (sax tenor), Welington Moreira Pimpa (percussão), Jota Ge Alves (clarinete), João Cristal (piano), Vanessa Ferreira (baixo), Adriano Trindade (bateria), Fernando Nunes (baixo) e Anderson Quevedo (sax barítono). Se o objetivo de Giannetti era construir um álbum fácil de ouvir, como ele disse, foi plenamente alcançado. Não se trata de uma obra-prima, nem mesmo estará entre os melhores do ano, mas é gostoso, alegre e leve. Que venha o disco de bossa nova.

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