Rimas de Emicida e jazz com ritmos gaúchos são destaque da Virada Cultural no fim de semana
Emicida, cujo nome artístico vem da expertise em duelos de rima (Luciana Faria/Divulgação)
O rapper Emicida fará o show de encerramento da Virada Cultural Paulista em Campimas no domingo (26), às 18h30, na Estação Cultura. Por ser o nome mais popular do evento, talvez seja dele o maior público, porém a programação reúne outros talentos como o acordeonista gaúcho Luciano Maia e o cantor Diego Moraes, figura conhecida da cena cultural campineira.
Nascido Leandro Roque de Oliveira, Emicida é paulistano da Zona Norte e começou a ganhar destaque no cenário do hip hop nacional por meio das batalhas de freestyle (competição de improviso e rimas entre MCs) que disputava. Em 2008, lançou seu primeiro single, 'Triunfo', que lhe rendeu enorme visibilidade — no YouTube, o vídeo atingiu a marca dos 4 milhões de visualizações. Também ganhou o VMB (premiação da MTV) de Artista do Ano e Clipe do Ano, em 2011.
Em meio à preparação de seu novo disco e turnê internacional, Emicida faz uma pausa para a Virada com grandes expectativas. “Estou há algum tempo sem fazer shows no Estado de São Paulo, será um grande retorno. Tocar em um evento com entrada gratuita e censura livre é ótimo, é a cultura sendo oferecida ao povo, que paga seus impostos, de maneira justa”, diz. Para ele, o Interior tem força no rap e hip hop, porém precisa se aperfeiçoar para ganhar espaço. “Existe um movimento que ainda precisa se estruturar melhor pra conseguir mais espaço e mais condições pra trabalhar”, afirma.
Emicida gravou suas primeiras composições por volta de 2005, e quatro anos depois lançou seu primeiro single 'Triunfo'. Com o reconhecimento adquirido, apresentou no ano seguinte o mixtape de estreia, 'Pra Quem Já Morreu um Cachorro por Comida', no qual juntou 25 faixas gravadas desde o início da sua carreira.
Em 2010, veio o segundo single, 'Besouro', que foi incluído na sua segunda mixtape. No fim de janeiro do mesmo ano, foi lançado o EP 'Sua Mina Ouve Meu Rap Também', referência à música 'Sua Mina Ouve Meu Rap', de MC Marechal.
Como todo bom rapper, a irreverência sempre norteou seu trabalho. Basta uma breve análise sobre o seu apelido para sacar. Emicida é uma fusão das palavras “MC” e “homicida”. Por causa de suas constantes vitórias nas batalhas de improvisação, seus amigos começaram a falar que Leandro era um “assassino”, e que “matava” os adversários por meio das rimas.
EMICIDA
Quando: Domingo, às
18h30
Onde: Estação Cultura
(Praça Marechal Floriano Peixoto , s/nº, Centro,
Campinas, fone: 3705-8000)
Quanto: Entrada franca