JOGO RÁPIDO

Sexta campeã

Coluna publicada na edição de 6/7/18 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
carlo@rac.com.br
05/07/2018 às 20:07.
Atualizado em 28/04/2022 às 14:53

O termo “favorito” deve ser utilizado com cautela em uma Copa do Mundo que teve tantos resultados inesperados, como Argentina 1 x 1 Islândia, Portugal 1 x 1 Irã, México 1 x 0 Alemanha, Marrocos 2 x 2 Espanha, Alemanha 0 x 2 Coreia do Sul e Espanha 1 x 1 Rússia. Ainda assim, tudo indica que o novo campeão mundial estará em campo hoje. Qualquer um que sobreviva aos confrontos Brasil x Bélgica e França x Uruguai chegará à grande decisão do dia 15 de julho como grande favorito na decisão. As quatro equipes que estarão em campo nessa sexta campeã são bem mais fortes do que Inglaterra, Suécia, Rússia e Croácia. Como escrevi na semana passada, a história das Copas está repleta de zebras, mas poucas delas ocorrem nas fases mais decisivas. Alguns grandes que ficaram pelo caminho na Rússia eram mais favoritos pela tradição do que por qualquer outro fator. A Argentina vem mal há tempos e quase ficou nas Eliminatórias. A Alemanha se classificou com facilidade, mas jogou muito pouco nos amistosos preparatórios. Quando a Copa começou, o time ficou ainda pior. O caso da Espanha é diferente. Não era a principal candidata ao título, mas chegou à Rússia com um time muito forte e bem treinado. A inacreditável demissão de seu treinador a poucas horas da estreia abalou sua estrutura. Brasil e França, favoritos desde o início, percorreram com segurança o caminho até as quartas de final. São favoritos diante de dois adversários perigosos, que teriam grandes chances de chegar à final se estivessem do outro lado da chave. A melhor geração belga foi apenas razoável na Copa de 2014, mas é mais forte hoje. A velocidade de Mertens, a dinâmica de De Bruyne, o talento de Hazard e o faro de gol de Lukaku são virtudes que impedem que a Bélgica seja definida como zebra. O Brasil é melhor e deve avançar, mas a melhor definição para a Bélgica talvez seja de que ela não é o México. Veja o Brasil como time mais forte porque sua defesa, sólida, tem condições de conter o ataque adversário. Já a defesa belga, que levou dois gols e sofreu bastante diante do Japão, vai ser muito mais exigida pelo ataque liderado por um jogador extraordinário como Neymar. No primeiro jogo do dia, será muito interessante ver o forte ataque francês diante da defesa uruguaia, a melhor da Copa, ao lado da brasileira. O trunfo da Celeste é a mistura de sua zaga com uma dupla de ataque explosiva. A provável ausência de Cavani é o detalhe que aumenta as chances da ligeiramente favorita França na manhã desta sexta campeã.

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