EMPREENDIMENTOS

Setor de construção civil fechará o ano com crescimento de 56,4% em Campinas

Os lançamentos, até dezembro, devem somar R$ 12,8 bilhões, de acordo com a Habicamp

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
15/11/2013 às 07:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 14:15

Depois de amargar um longo período de paralisia, o setor da construção civil em Campinas vai fechar 2013 com um crescimento de 56,4% no valor geral de venda (VGV) na comparação com 2012. Os lançamentos, até dezembro, devem somar R$ 12,8 bilhões, segundo estimativa da Associação da Habitação de Campinas e Região (Habicamp), contra R$ 8,18 bilhões no ano passado. Os bons ventos vão soprar, de fato, em 2014, quando estão previstos muitos lançamentos - somente para atender o setor universitário serão mais 3 mil unidades habitacionais."Temos ainda um estoque a espera de aprovação na Prefeitura, e também um estoque de projetos aprovados e ainda não lançados" , disse o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho. No ano passado, o setor fechou com R$ 8,18 bilhões em VGV e neste ano, até setembro, já ultrapassado 2011, com R$ 9,6 bilhões. "Os mutirões de análises de projetos feitos na Prefeitura este ano trouxeram alento ao setor, que está podendo tirar das gavetas grandes investimentos para a cidade, aproveitando a oferta de crédito que existe no mercado e a demanda aquecida" , afirmou.RetomadaA retomada dos investimentos chega em boa hora, depois da queda vertiginosa ocorrida em 2011 por conta da crise política que atingiu a Prefeitura e freou a aprovação de investimentos. O setor vinha crescendo 30% ao ano desde 2008, chegou a 2010 com 51 empreendimentos lançados, para terminar 2011 com apenas três - o pior ano de vendas, por falta de produto no mercado."Teremos um primeiro trimestre agitado, principalmente por causa da Copa do Mundo" , disse o presidente da Habicamp. Segundo ele, apesar de Campinas não ser sede da Copa, a cidade cai receber delegações e os investimentos imobiliários na rede hoteleira e na oferta de imóveis irão ocorrer. No País, o impacto direto da realização da Copa no Brasil sobre a construção civil é estimado em R$ 6,91 bilhões, incrementando o PIB setorial em 5,63%. Contribuem para esse crescimento a construção e a reforma de estádios, a expansão e adequação do parque hoteleiro, investimentos na infraestrutura de transportes e reurbanização das cidades-sede.O setor da construção civil projeta lançamentos ainda em 2013, caso da Alphaville Urbanismo, que está em processo final de registro de dois novos residenciais na região do Galleria Shopping - o Alphaville D. Pedro I e II. Serão 500 unidades nos dois empreendimentos. Cada um deles terá clube exclusivo, com área de lazer e áreas verdes, acesso exclusivos. O investe ocorre, segundo a gerente de negócios do Alphaville Urbanismo, Luciana Maurus, diante da segurança jurídica que a cidade passou a ter depois de um tempo conturbado na administração municipal. "Nos últimos três anos não ocorreram lançamentos de loteamentos horizontais e agora podemos trazer empreendimentos que estavam aprovados há algum tempo" , afirmou. A construtora Brookfield, que tem empreendimentos previstos para a região, prepara para o primeiro trimestre de 2014 o lançamento de um condomínio perto da Hípica,em Campinas. Outros projetosA Rossi Residencial, em parceria com o Grupo Garnero e THCM, está lançando o Entreverdes, um condomínio fechado no prolongamento da Avenida Mackenzie. A área total da gleba é mais de 3 milhões de metros quadrados, com mais de 1 milhão de metros quadrados de área verde. O condomínio tem no total 600 lotes a partir de mil metros quadrados e será dividido em 2 fases.A Odebrecht está voltando a Campinas com o Vox Residencial, no Taquaral, que está em fase de pré-lançamento, com apartamentos de dois e três dormitórios. Também no Taquaral está sendo lançado o Art House Double Sky, com apartamentos de 188 metros quadrados. A Sol Panamby Empreendimentoss está lançando o Primehouse, um condomínio residencial fechado com 93 casas de três dormitórios, localizado no no Primetown, o bairro planejado de Campinas. RecursosA retomada dos lançamentos imobiliários está ocorrendo em função da abundância de dinheiro no mercado para financiamentos, segundo o diretor regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil (SindusCon), Márcio Benvenutti. "Estamos vivendo uma onda de crescimento. A última foi há dois anos e agora, com a disponibilidade de crédito, estamos novamente investindo" , disse. O diferencial é que, segundo ele, a Prefeitura passou a ser parceira do setor, o que é essencial para a garantia da segurança jurídica. As aprovações, afirmou, ainda não estão ocorrendo na velocidade que o setor gostaria. "Mas hoje temos segurança porque o que é aprovado é definitivo, sem o risco de lá na frente termos obras embargadas por erros nas aprovações" , disse. Isso, afirmou, dá tranquilidade ao investidor e ao comprador. Benvenutti disse que o grande problema da Prefeitura na aprovação dos empreendimentos atualmente são as ferramentas de trabalho: falta pessoal e a legislação urbanística é defasada.

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