Protesto é contra a privatização do Campo de Libra, a maior reserva de petróleo do país
Trabalhadores em frente à refinaria de São José dos Campos na manhã desta quinta ( Reprodução)
Os trabalhadores da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira (17), em protesto contra a privatização do Campo de Libra, a maior reserva de petróleo do país. Segundo o Sindicato dos Petroleiros, cerca de sete mil trabalhadores, entre contratados diretos e terceirizados aderiram à paralisação.De acordo com o sindicato, a greve teve início às 5h30 e a previsão é que tenha duração de 24 horas. No início da manhã desta quinta-feira, ônibus que transportavam trabalhadores foram impedidos de entrar na empresa.A mobilização contra o leilão de Libra é um movimento nacional e acontece em outras refinarias da Petrobras pelo Brasil. A greve quer impedir que os campos sejam gerenciados por empresas privadas.O leilão de Libra é o primeiro que vai conceder áreas para exploração de petróleo e gás natural na região do pré-sal sob o regime de partilha de produção. A expectativa é que a produção seja de 1 milhão de barris por dia da área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no país. O consórcio que apresentar a maior parcela do óleo de Libra destinada à União, vencerá o leilão. A Petrobras será a operadora única e sócia de todos os campos, com no mínimo 30% de participação. Na pauta de reivindicações dos petroleiros, também está o pedido de reajuste salarial de 6,53%, referente à reposição da inflação, e ganho real de 10% no salário base, além de melhores benefícios e condições de trabalho. A empresa não comentou a paralisação. Veja também Bancários encerram greve e agências abrem na segunda Em assembleia, categoria em Campinas aceita acordo com reposição de 8% e ganho real de 1,82%