Funcionários querem chamar a atenção para as condições precárias para o atendimento
Os servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de Piracicaba e de Capivari vão cruzar os braços durante todo o dia desta quarta-feira (12). O objetivo da paralisação é denunciar as precárias condições de trabalho. Duas caravanas saem da cidade com destinos a São Paulo e a Brasília. O intuito é lutar por melhores situações destes profissionais.
De acordo com o diretor regional do Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) de Piracicaba, Eduardo Rúbio, o movimento deve ter adesão de 80% dos funcionários. O levantamento tem como base as assembleias realizadas na última segunda-feira e ontem.
Atualmente, Piracicaba conta com oito médicos, que não aderiram ao movimento, cinco assistentes sociais e 30 funcionários administrativos.
“Além denunciar as precárias condições de trabalho a que somos submetidos, que prejudicam servidores e também segurados, não temos número de profissionais suficientes para atender toda a população. E ao invés de contratar novos servidores, a ameaça do Governo é de aumentar a jornada de trabalho”, explica Rúbio.
Outro problema citado é no sistema de informática, fato que acarreta ainda maior lentidão no atendimento. A falta de estrutura também está entre as reclamações.
De acordo com o diretor regional, muitos espaços do INSS não têm ventilação adequada, saída de emergência, além de problemas na rede elétrica e no encanamento.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão: a regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas, a realização de concurso público para repor o quadro de pessoal, além de melhores condições de trabalho para garantir o bom atendimento à população.
“Este é um movimento local. Dos servidores que optaram por cruzar os braços, cerca de sete trabalhadores vão à Brasília e outros 15 para São Paulo. Queremos mostrar as dificuldades que enfrentamos e lutar por melhores condições de trabalho. A batalha não é apenas dos servidores, mas de toda a população. Queremos um atendimento mais digno e rápido”, afirma Rúbio.
Uma carta aberta à população que explica os motivos da paralisação será entregue pelo Sinsprev durante todo o dia de hoje.