PIRACICABA

Servidora doente e com laudo não consegue licença

Professora está com problemas no braço esquerdo, constatado com exames de médico particular

Da redação
27/09/2013 às 10:23.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:47
A professora sente fortes dores no braço e critica a perícia pública (Antonio Trivelin)

A professora sente fortes dores no braço e critica a perícia pública (Antonio Trivelin)

A professora de educação infantil Jéssica Carvalho, 22, queixa-se do Serviço Municipal de Perícias Médicas (Sempem) de Piracicaba. Concursada desde janeiro de 2012, trabalha na escola Hide Maluf, na Vila Cristina, e está com problemas no braço esquerdo, constatado - conforme exames com médico particular - como sendo uma “Cervibraquialgia” (transtorno do disco cervical).Jéssica disse que o Sempem teria negado a lhe fornecer um laudo oficial declaratório para ser encaminhado ao INSS, para uma nova perícia. "Preciso de um laudo (do Sempem) constando que trabalhei até o dia 26 de agosto. Com esse laudo, poderei me encaminhar ao INSS para perícia para deferir ou não meu afastamento pelo INSS", explicou. Jéssica disse que obteve afastamento de 22 dias junto à Prefeitura, mas o problema em seu braço persistiu. Ela disse que passou na quarta-feira (25) pelo Sempem com uma médica-perita. De acordo com Jéssica, a profissional, porém, "mal olhou para a sua cara" e não fez nenhum exame específico em seu braço. De acordo com Jéssica, a perita colocou no laudo que o problema é de tendinite. Entendem-se, assim, que poderá voltar ao trabalho. Mas a professora disse que isso vai prejudiá-la ainda mais. Ela disse que na escola cuida de crianças de dois ou três anos e precisa carregá-las e até lavá-las.Ela mora em Santa Bárbara d'Oeste e até para dirigir a caminho da escola tem dificuldades. Também contou que está sentindo muitas dores e tomando medicamentos. Ainda de acordo com ela, o médico (de convênio particular) é ortopedista e traumatologista. "A perita que me atendeu não tem essas especialidades", queixou-se. A professora também reclamou do atendimento que recebeu no Sempem, caracterizado por ela como "desumano". Jéssica teme ser exonerada por justa causa, já que seu retorno devia ter ocorrido no dia 20 de setembro. O outro lado O Sempem encaminhou uma nota oficial em relação à queixa da professora, assinada por Rubens Cenci Motta - interlocutor do serviço de perícia. A nota carrega termos técnicos e lembra que houve "apurações cabíveis". A nota é ainda bancada pelo Procurador Geral do Município, Cláudio Bini. Em suma, o Sempem não entende como suficiente o laudo do médico particular da professora Jéssica: "(...) Não se prestou a efeito, pois tais dados não foram suficientes para soberana conclusão técnica dos Peritos Médicos da PMP (Prefeitura de Piracicaba)... e não encontramos motivos para alterar o parecer que lhe foi indicado (...)." A nota ainda diz: "assim, afirmo a todos que os procedimentos do Sempem foram e são realizados de forma aberta e clara". Motta também repudia as críticas ao atendimento feitos pela professora via 156. Ele disse que está à disposição da professora para sanar dúvidas quantos aos procedimentos legais do Sempem.

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