Ex-jogador eternizou o gesto de levantar a taça sobre a cabeça ao erguer a Jules Rimet após a final da Copa de 1958
Morto na última quinta-feira (20), aos 83 anos de idade, o ex-zagueiro Bellini, capitão do primeiro título mundial da seleção brasileira, em 1958, foi enterrado, neste sábado (22), em Itapira, sua cidade natal, no interior paulista. O ex-jogador faleceu após lutar por dez anos contra o Mal de Alzheimer e estava internado no Hospital Nove de Julho, em São Paulo, desde a última quarta-feira (19).Velado na sexta-feira (21), no salão nobre do Estádio do Morumbi, até as primeiras horas da tarde e, depois, no ginásio municipal de Itapira, o ex-defensor, que atuou por São Paulo, Vasco e Atlético-PR, entre outros times, recebeu várias homenagens como ilustre cidadão itapirense. O seu corpo foi levado até o Cemitério da Saudade em um caminhão do Corpo de Bombeiros e o trajeto até o local foi acompanhado por cerca de 300 pessoas. O ídolo que eternizou o gesto de levantar a taça sobre a cabeça ao erguer a Jules Rimet após a final da Copa de 1958, em cena que depois passou a se tornar comum na comemoração de títulos, foi homenageado com aplausos durante o cortejo e teve o seu caixão envolto pelas bandeiras do Vasco, do São Paulo, do Brasil e de Itapira. Campeão mundial também em 1962, quando era reserva da seleção que se sagrou bicampeã na Copa realizada no Chile, Hideraldo Luiz Bellini também se tornou ídolo no São Paulo e no Vasco. O hino do clube do Morumbi e o Hino Nacional Brasileiro, por sinal foram cantados por presentes durante o sepultamento. Muitas coroas de flores também foram recebidas pelos familiares de Bellini, sendo que duas enviadas pelo São Paulo e pela CBF, que, na última quinta, decretou três dias de luto no futebol brasileiro pela morte do capitão da seleção de 1958.