Você já se perguntou qual sentido a vida tem pra você? Como você usa a sua vida? Como uma joia preciosa ou simplesmente a desperdiça, como se vivesse uma vida eterna, como se fosse improvável que termine repentinamente, que “a morte lhe pegue no meio de uma dose de whisky”, como dizia Raul Seixas? Numa época de crises como é a nossa , onde o mundo parece estar sem sentido e sem corpo, em que quase tudo é virtual e não real, no estilo “cada um por si”, as pessoas perdem o contato e a convivência com os outros e não acreditam mais em nada. O autoconhecimento é o caminho para transformar essa cena. É a solução para não só resistir mas para existir com dignidade em a essa onda das fakenews, de escassez do tempo, com tecnologia mostrando continuamente a (des)conexão entre tudo e todos, de um jeito muito mais interdependente e complexo. Só com autoconhecimento é possível não cair na rede como um peixe, sendo engolido e manipulado pela máquina. A máquina que agora conta com a ajuda das redes sociais, que parecem entretenimento parecem. Porque em uma visão mais profunda isto são tais como o enxerto do "mundo dos egos”, exigem de um modus operandi para que você tenha a impressão de ter amor e bajulação. E, assim, ditam o sentido da sua vida e o seu “estilo de vida”. Quantos mais “likes" ou “mais seguidores” , maior (e mais perigosa) é a falsa sensação de sentido para a vida. É uma impressão falsa e esvaziada porque tais conceitos nascem de um lugar vaidoso e narcisista, da frieza e da falta de afeto e sentido. E se você não se conhecer bem, tem chances maiores de se render à essa filosofia fake, sem afeto e sem corpo, que lhe dirá o que deve pensar, sentir e fazer. Como se autoconhecer e encontrar o real sentido da sua vida - que nada tem a ver com o que é estimulado nas redes sociais? Com a ampliação de sua consciência sobre o funcionamento da vida e do que estimula você a viver. Muitas vezes fugimos desta ampliação da consciência porque isto nos leva a responsabilidade de amadurecer as relações e de desenvolver novos recursos e novas competências. E essa escolha é decisiva. Só assim será possível ir além das referências ditadas pela a mídia, deste lugar dependente de aprovação e likes. Desviando deste constante coletivo tóxico, despejado em doses diárias nas timelines, que incitam o medo de não pertencimento e solidão, influenciando o "como" sentimos e usamos a nossa vida na atualidade. É fundamental crescer, se estruturar , se organizar e se apropriar do seu espaço e tempo para poder se localizar e definir seu território, ter identidade própria, ter a potência para se mover em direção ao seu Saber, o sentido que a vida tem pra você. O sentido da vida intercepta uma potência que nasce no psicocorporal inteligente e vem desde a vida intrauterina até o seu momento no aqui e agora. O fenômeno da vida sob a ótica complexa da biologia e do desenvolvimento neuro- afetivoemocional, pede para subir em evolução, intercepta uma potência que parte da vida intrauterina até o aqui agora. O sentido da vida portanto precisa de um corpo para ser sentido e saboreado e de uma inteligência psicocorporal cognitiva. A palavra “saber” vem do latim, da palavra “sentir", que vem da palavra "sabor". Logo, não há Saber sem Sentir e não há Sentir sem Sabor! Partindo disso pode-se perguntar: “qual sabor da sua vida?” . E a partir daí encontrar ou transformar o sentido que você dá para a sua existência. E não o sabor amargo que dão para ela.