Nome: Antonio Eder Mundt LemeNascimento: 10 de setembro de 1957Morte: 11 de outubro de 1989Pais: Helena de Pádua e Castro Mundt Leme, 81 anos, e Eder Sebastião Guimarães Leme, 87 anosIrmãos: José Adriano Mundt Leme e Beatriz Helena Mundt LemeFilho: Eder Sebastião Guimarães Leme Neto, o Edinho Homem alto, bonito e charmoso, Antonio Eder Mundt Leme conciliava a carreira de jogador de basquete com a de modelo quando morreu, em 11 de outubro de 1989, aos 32 anos. Vítima de asfixia causada pelo vazamento de gás no chuveiro do apartamento onde morava em São Paulo, no bairro Perdizes, o atleta perdeu a vida ao lado da modelo Leni Lúcia Bolognesi, de 25 anos.No início da década de 1980, Eder foi casado com Vera Mossa, jogadora de Seleção Brasileira de Vôlei, com quem ficou até 1984. Os dois tiveram um filho, Eder Sebastião Guimarães Lemes Neto, o Edinho, nascido em 23 de fevereiro de 1981, hoje com 32 anos. Neste 10 de setembro, Eder faria 56 anos.Edinho é designer gráfico. Nasceu com hidrocefalia, mas tem uma rotina normal. Mora há seis anos com Alessandra, sendo que o casal não pretende ter filhos. Edinho ajuda o tio José Adriano na parte administrativa de um escritório especializado em atividades agropecuárias. Como José Adriano também é arquiteto e urbanista, o sobrinho colabora com ele nos projetos de arquitetura, mais precisamente no acabamento e na finalização eletrônica. Basquete era paixãoO basquete entrou na vida de Eder quando ele ainda era garoto. Inicialmente, jogou no Tênis Clube de Campinas (TCC), passando depois para as equipes da Sociedade Hípica, Regatas, Tênis Clube de São José dos Campos, Sírio e Fluminense. Dois meses antes de falecer, o jogador tinha se transferido para o time da Telesp, em São Paulo. Dedicou mais de 20 anos ao esporte.Meses antes de Eder morrer, eu o entrevistei nas quadras do TCC. Lembro que perguntei a ele, entre outras coisas, qual era o seu lugar preferido, mas não me recordo direito de sua resposta inicial, só sei que, minutos depois, ele correu atrás do carro da reportagem, bateu no vidro e me disse: “Meu lugar preferido é perto da cesta”. Montanha ou mar, fosse lá o que tivesse dito anteriormente, nada se comparava ao amor que tinha pelo basquete. No Parque Alto Taquaral há uma rua com o seu nome. RELACIONAMENTO COM O FILHO“Um pai absolutamente presente e interessado em tudo o que se relacionava com o filho. Tinha um bom-senso e uma psicologia admiráveis no seu relacionamento com ele. Sabia educar, afagar e cobrar também. Sempre que tinha qualquer tempo disponível, era com ele que ficava.” COM A FAMÍLIA“Gostava de ser servido, mas, por outro lado servia e estava presente em todos os momentos. Tinha uma sensibilidade apurada em sentir quando alguém precisava de um bom conselho ou ajuda. Essas grandes qualidades o tornaram tão querido por todos nós e por seus amigos também. Para ele era impossível aquietar-se quando alguém necessitava de sua ajuda.” COM A PROFISSÃO“Era proativo, dava aulas até fora do horário, trabalhava como professor voluntário de educação física na Instituição Padre Haroldo, ensinava basquete para jovens nos clubes e vivia intensamente tudo. Parece que estava sempre ‘ligado na tomada’. Acredito que, no fundo, sua alma sabia que não viveria por longo tempo.”