MAIS UM PROBLEMA

Sem bola da Série D, Botafogo é obrigado a improvisar

Treinos são feitos ainda com material do Paulistão; diretoria gastará R$ 4 mil para comprar primeiras bolas

Luís Augusto
23/05/2013 às 18:21.
Atualizado em 25/04/2022 às 14:48

O descaso da CBF com a organização da Série D do Campeonato Brasileiro não está apenas na mudança de grupos e tabela da competição a menos de duas semanas do início do torneio. O Botafogo, por exemplo, começou a treinar desde a semana passada, porém ainda não recebeu da entidade as bolas que serão utilizadas no Nacional.

As bolas da Série D são fabricadas pela Nike, do modelo Maxim, e também serão utilizadas nas demais divisões do Campeonato Brasileiro. A bola “laranjada” já pode ser vista nos jogos da Copa do Brasil.

A CBF informou aos clubes que só irá fornecer as bolas nos dias dos jogos de cada time como mandante. Por exemplo, no dia 1º de junho, no jogo contra o Metropolitano, no estádio Santa Cruz, o Botafogo receberá as primeiras sete bolas da entidade. “Infelizmente isso prejudica a preparação e seremos obrigados a comprar as bolas para que os jogadores possam se acostumar com ela. Depois só vamos receber mais sete bolas no próximo jogo em casa”, revelou Maurício Monteiro, supervisor de futebol do Tricolor.

A diretoria do Botafogo liberou verba para comprar 10 bolas da Nike e a tendência é que os primeiros treinos com o novo material sejam realizados nesta sexta-feira (24). “O problema é que essa bola é muito cara. Ela é vendida nas lojas por R$ 400, então vamos gastar R$ 4 mil”, ressaltou Monteiro.

A Nike disponibiliza um cadastro aos clubes que participam dos torneios nacionais para comprar as bolas com desconto. Os dirigentes ainda estão preparando a documentação para conseguir esse benefício, porém a burocracia ainda trará novas barreiras. “Depois que entregarmos tudo, esse cadastro ainda demora de 20 a 30 dias para ser autorizado e teremos que comprar pelo menos mais 20 bolas. Elas serão vendidas a R$ 205,70”, disse o supervisor.

O experiente zagueiro Igor sabe que o contato com a nova bola será importante e comemorou a iniciativa da diretoria de comprar os materiais novos. “A bola da Nike geralmente é mais leve e varia um pouco mais de direção do que a que jogamos no Paulistão. Precisamos nos adaptar com essa diferença”, disse o defensor.

Os treinos no Pantera são feitos com as bolas KV Carbon 12 da Topper, remanescentes da campanha do Paulistão deste ano. “A gente tem que se adaptar com o treinador e também tem que adaptar com a bola. Vemos muitos jogadores reclamando da bola, da variação e do peso dela, mas não podemos deixar isso nos influenciar”, afirmou o lateral Daniel.

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