EM HORTOLÂNDIA

Vizinho é acusado de assediar e matar cozinheira com golpes de faca

O suspeito, que é casado, estava sob investigação da polícia devido a assédio à vítima

Alenita Ramirez/ [email protected]
05/12/2023 às 09:13.
Atualizado em 05/12/2023 às 09:35
Corpo de Eliene foi deixado na linha férrea em Hortolândia (Redes Sociais)

Corpo de Eliene foi deixado na linha férrea em Hortolândia (Redes Sociais)

A Polícia Civil de Hortolândia identificou o corpo da mulher encontrado na manhã da última sexta-feira, em um trecho da linha férrea que corta o Jardim Santa Rita de Cássia, em Hortolândia. A vítima foi identificada como Eliene Santos Souza, uma cozinheira de 44 anos que residia a aproximadamente 20 metros do local onde seu corpo foi descoberto. Eliene foi vítima de homicídio, e as investigações apontam o vizinho como principal suspeito, encontrando-se atualmente foragido. O suspeito, que é casado, estava sob investigação da polícia devido a assédio à vítima.

O crime, caracterizado por extrema crueldade, resultou na morte de Eliene, que foi brutalmente esfaqueada no peito e no pescoço. Os investigadores consideram a possibilidade de que o corpo tenha sido arrastado até a linha férrea, com a intenção de simular um atropelamento e ocultar evidências do assassinato.

Eliene morava sozinha em uma viela, não possuía filhos, mas mantinha um relacionamento amoroso. Seu namorado prestou depoimento à polícia, sendo descartada sua participação no homicídio. Familiares da vítima relataram à Polícia Civil que, recentemente, ocorreram furtos em sua residência, levando Eliene a suspeitar do vizinho como possível responsável.

No decorrer da investigação, os policiais civis também apurarão a denúncia de assédio por parte do suspeito, que, conforme informações, era casado. Desde a ocorrência do crime, o homem não retornou à sua residência. A Polícia continua diligências para localizar e deter o suspeito, visando esclarecer os detalhes desse trágico episódio.

A descoberta do corpo da vítima ocorreu por volta das 5h30 da última sexta-feira, quando a Polícia Militar (PM) foi alertada por um cidadão. O cadáver foi encontrado no trecho da linha férrea, sob a ponte estaiada, vestindo shorts jeans e sutiã preto. Ao lado do corpo, os policiais localizaram uma blusa verde, manchada de sangue, e um celular que possivelmente pertencia ao suspeito. A vítima não portava documentos.

O dispositivo eletrônico foi encaminhado para análise no Instituto de Criminalística (IC) de Americana.

No dia em que o corpo foi encontrado, os residentes nas proximidades ficaram chocados com a brutalidade empregada no crime, notando que a vítima também estava desprovida do dedo do pé esquerdo. 

NO TANQUE

Um trágico episódio de violência contra a mulher, registrado neste ano, envolveu Regina Lima da Silva Costa, de 40 anos, brutalmente assassinada pelo marido, Wagner Roberto Cândido da Costa, de 48 anos, no primeiro dia do ano, no bairro Chácara Santa Margarida, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas. O corpo da vítima foi cruelmente escondido no tanquinho de lavar roupas, apresentando marcas de golpes de machado na cabeça e um corte profundo no pescoço.

O crime ocorreu aproximadamente meia hora após os pais da vítima deixarem a residência do casal, onde participaram de um almoço de confraternização. Costa cometeu o homicídio na presença do filho de seis anos e permaneceu no local até a madrugada do dia seguinte, quando decidiu fugir com a criança. Familiares e vizinhos relatam que Regina enfrentava um ciclo de agressões há doze anos, mas não denunciava o marido por temer ameaças contra a vida de seus pais.

Segundo relatos dos vizinhos, Regina raramente saía de casa e tinha pouco contato com os moradores, pois seu marido a proibia. Por outro lado, Costa era mais presente na rua e interagia com os vizinhos.

No domingo do ocorrido, os moradores passaram grande parte do dia fora de casa. Conforme testemunhos de vizinhos e parentes, o suspeito era usuário de drogas e já possuía histórico criminal relacionado a pensão alimentícia e furtos. A criança teria testemunhado toda a tragédia e detalhou os eventos para os familiares. Na sequência, o menino foi entregue aos cuidados dos avós maternos.

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