crime em Hortolândia

TJ mantém presos os 5 acusados de matar ganhador da Mega

Liminar pedindo a soltura de um dos envolvidos alegou que seu cliente “sofreu constrangimento ilegal”

Da Redação
21/02/2023 às 09:51.
Atualizado em 21/02/2023 às 09:51

Um dos acusados pela morte do ganhador da Mega-Sena é preso: crime ocorreu em setembro de 2022 (Divulgação/Polícia Civil)

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu manter presas as cinco pessoas acusadas de matar o ganhador da Mega-Sena, Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos. Ele foi morto em setembro do ano passado, em Hortolândia, onde morava com os irmãos. Com medo, a família deixou a cidade depois do crime. O destino é desconhecido.

O assassinato ganhou repercussão nacional pela execução cruel dele e a simplicidade e ingenuidade que envolvia a vítima, que não alterou os seus hábitos de vida mesmo depois de ganhar 41,7 milhões no concurso da Independência em 2020. Na época, os cinco réus foram acusados de extorsão mediante sequestro seguido de morte e associação criminosa. Silva foi encontrado agonizando em uma vala às margens de uma rodovia.

O TJSP acabou negando o pedido de liminar feito pela advogada de um dos réus, alegando que precisaria de mais tempo para analisar e julgar a solicitação da defesa. No pedido, a defesa teria justificado o pedido afirmando que um dos réus sofreu "constrangimento ilegal" da 2ª. Vara Criminal da Comarca de Hortolândia, que decretou a prisão preventiva dele em novembro do ano passado. A advogada argumentou, no pedido, que ele segue preso até hoje, sem ter passado por audiência ou julgamento.

Foram presos e indiciados pelo crime Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, Samuel (a Rebeca) Messias Pereira Batista, Roberto Jefferson da Silva, Rogério de Almeida Spínola e Marcos Vinicius Ferreira. 

O caso

Na época em que ganhou o prêmio, a vítima trabalhava como vendedor há pelo menos 16 anos em uma loja de ferramentas para construção, no Jardim do Trevo, em Campinas. Ele pediu demissão do seu trabalho e chegou a abrir uma empresa junto a dois amigos, mas decidiu deixar a sociedade algum tempo depois. Mesmo se tornando milionário, Jonas seguiu na vida simples, com os mesmo hábitos que tinha antes de ter ganho o prêmio milionário.

Segundo a polícia, "Rebeca" era a dona da conta bancária que recebeu a transferência, por PIX, de R$ 18,6 mil. À delegada responsável pelas investigações, Juliana Ricci, Rebecca confirmou ser a titular da conta corrente e que a teria fornecido para receber um benefício do governo, mas não sabia que o dinheiro era resultado de um sequestro mediante extorsão.

Rebeca foi detida por guardas civis municipais (GCM) de Santa Bárbara d’Oeste, depois que a corporação recebeu fotos e informações da Polícia Civil de Piracicaba. Nas investigações, os agentes constataram que o grupo é de Santa Bárbara d'Oeste. Foi preso ainda Rogério de Almeida Spínola,

Jonas Lucas Alves Dias foi sequestrado na manhã da terça-feira, 13, por volta das 6h30. Naquele dia, ele chegou na padaria por volta das 5h50, tomou café, comprou pão e levou para os irmãos. Jonas morava com um casal de irmãos mais velhos em Hortolândia. 

Pelas imagens divulgadas pela Polícia Civil, após deixar o pão em casa, a vítima saiu para caminhar. No trajeto, um carro preto passou por ele e o seguiu até uma esquina, no sentido oposto ao que Jonas ia. Uma caminhonete, na cor prata, também aparece nas imagens. O carro preto e a caminhonete retornam pela via e, a partir de então, o ganhador da Mega-Sena desaparece.

Jonas ficou cerca de 20 horas em poder dos criminosos. Nesse período, um dos acusados é flagrado pelo sistema de monitoramento de uma agência bancária em Campinas fazendo saques. A polícia ainda informou que a vítima chegou a enviar mensagens por áudio à gerente do banco da vítima para agilizar a transferência dos R$ 3 milhões. 

A família, mediante advogada, chegou a registrar boletim de ocorrência de desaparecimento de Jonas, mas ele foi achado desacordado e com marcas de agressão, por volta das 7h30 da quarta-feira, em um trecho de acesso da Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença para a Rodovia dos Bandeirantes. Funcionários da concessionária AutoBAn levaram a vítima ao Hospital Governador Mário Covas, onde ele chegou a ser atendido, mas não resistiu aos ferimentos. (Com agências de notícias)

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