Restos mortais são encontrados em esteira de usina de lixo em Paulínia

A Polícia Civil investiga restos mortais encontrados triturados na linha de produção de uma usina de processamento, que presta serviços no aterro de lixo da Orizon, em Paulínia. Partes dos membros de um ser humano foram localizados por um operador de 22 anos, na tarde do último sábado, quando ele separava material reciclado. 

Primeiro, ele avistou um braço na esteira. Apavorado, o trabalhador saiu correndo e pediu ajuda aos colegas, que pararam a linha de produção. O caso foi registrado como morte suspeita e deverá ser investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí. 

De acordo com a polícia, o material que estava em processamento tinha sido coletado em Jundiaí. O fato aconteceu no final da manhã do sábado. A reportagem apurou que o corpo era de uma pessoa do sexo masculino e teria chegado até o local inteiro. A vítima usava camiseta da Seleção Brasileira e bermuda azul com detalhes em vermelho. 

Desespero

O jovem fazia a seleção de material quando avistou um braço na esteira, chamando outros trabalhadores da sessão de reciclagem, que ficaram muito assustados.

Além de um braço, eles também localizaram uma perna. As demais partes do corpo tinham sido trituradas pela máquina.

Desesperados, os trabalhadores acionaram as polícias Militar (PM) e Civil. Assim que as equipes chegaram, o local foi isolado para a realização do trabalho de perícia. 

A suspeita é a de que o corpo tenha sido retalhado na trituradora da usina. A Polícia Técnico-Científica esteve no local e, assim que os trabalhos foram finalizados, os membros dilacerados serão recolhidos pela funerária de plantão.

Em nota, a administração do Ecoparque Paulínia informou que, tão logo foi notificada pelos trabalhadores, “acionou o protocolo de segurança de sua operação e informou aos órgãos competentes sobre a ocorrência, mantendo-se à disposição para colaborar com as investigações”.

Apesar da ocorrência horrenda ter sido registrada em Paulínia, o delegado da unidade, Sérgio Toma, informou que o caso será enviado também para Jundiaí, já que o caminhão que depositou o lixo na usina era daquela cidade. 

Apesar de o corpo estar praticamente triturado, as mãos da vítima ainda foram encontradas inteiras, o que possibilitou o exame de impressão digital, de modo a identificar a vítima. 

Outro caso

Em dezembro de 2019, funcionários da usina localizaram o corpo de um bebê também na linha de processamento. Na época, os trabalhadores identificaram o corpo na esteira que corta sacos e separa os resíduos. A Estre Ambiental, empresa que era responsável pela operação na época, declarou, na ocasião, que o corpo estava na linha de separação de resíduos. 

Assim que perceberam o ocorrido, os trabalhadores interromperam o processo de manipulação do lixo e chamaram a polícia.