Quadrilha invade duas casas no período de 60 minutos

A Polícia de Campinas deteve em Barão Gerado integrantes da Gangue da Lata Velha. No roubo, os bandidos utilizavam um veículo Monza, modelo antigo, que chegou a ser empurrado durante a fuga após os roubos a residências. Segundo a Polícia, foram quatro bandidos da gangue detidos na madrugada de sexta-feira (27), sendo dois menores de idade.

Eles são suspeitos de praticar ao menos duas invasões a residências em um período de uma hora. Na ação, os criminosos não acordaram os moradores e agiram na surdina, mas em um dos casos, eles toparam com um morador que chegava do trabalho, no momento que iriam carregar o carro deles com os objetos separados. 

Houve correria, luta corporal e até os cachorros da vítima foram para cima dos marginais. Na fuga, o grupo, descrito como agressivo, chegou a ter de empurrar o carro deles, o Monza antigo e sem queixa de crimes, para pegar, como se diz popularmente, no 'tranco'. Eles foram localizados e presos por policiais militares depois que as vítimas ligaram para o telefone 190 e passaram informações sobre o veículo, que foi localizado no Jardim Santa Genebra. Parte dos objetos furtados foi recuperada.

As invasões aconteceram entre 1h e 2h da madrugada. Não se sabe se os moradores seriam rendidos, mas no momento que permaneceram nos imóveis, eles separaram primeiro alguns objetos. 

Em uma das casas, localizada na Rua Doutor Ruberlei Boareto da Silva, a presença dos criminosos foi constatada por vítimas que estavam dormindo. Através de câmeras de vigilância, uma das vítimas percebeu que na casa haviam ladrões e ligou para a Polícia Militar (PM). Neste imóvel, os ladrões furtaram bebidas e fugiram antes da chegada da viatura.

Através das imagens, os policiais identificaram o envolvimento de dois carros de cor escura, um modelo sedan e outro hatch. "Fizemos patrulhamento para localizar os carros e cerca de uma hora depois caiu no sistema a segunda ocorrência, de roubo em andamento. O endereço não era tão perto do anterior e nos deslocamos até lá e deparamos com a vítima que contou o que tinha acontecido", contou o sargento Kelvin Resende de Freitas. 

Os bandidos tinham entrado na casa sem que a moradora, uma oficial da Marinha Portuguesa aposentada percebesse e separou diversos objetos, inclusive televisores. Quando se preparavam para levar para o carro deles, o Monza, que estava estacionado do lado oposto da via, o filho dela, o empresário Bruno Miguel Costa Real Negrão Figueiredo, chegou do trabalho. Um dos bandidos dava cobertura na rua e um segundo, dentro do carro. 

"Era por volta das 2h. Como de costume, abro o portão para os cachorros saírem para dar uma volta. Nisso, o cachorro saiu correndo e começou a morder uma pessoa que estava na rua. Estranhei e achei que fosse algum aluno da Unicamp. Essa pessoa entrou num Monza preto e ficaram parados. Então achei que estavam pichando o muro e perguntei o que estavam fazendo e que iria chamar a polícia. Nisso um deles saiu correndo de dentro da minha casa, pulou o muro e foi em direção do carro", relatou o empresário que ficou sem intender o que acontecia.

Um dos bandidos foi ao encontro de Figueiredo e com uma arma em punho apontou na cabeça da vítima e a ameaçou. O empresário reagiu e entrou em luta com o criminoso. Houve barulhos e latidos, que despertaram a atenção da vizinhança. Um quatro bandido saiu correndo da casa da vítima, pulou o muro e foi embora com os comparsas. 

Antes de irem embora, o carro não funcionou e eles tiveram que empurrar o carro para pegar no tranco. 

Os criminosos pegaram do empresário bolsa com o passaporte dele, o celular e algumas objetos que estavam com a vítima. 

Com informações das vítimas, os policiais fizeram um cerco pela rodovia quanto pelo interior do bairro e fizeram patrulhamento com vistas ao Monza em caixas eletrônicos, por conta do cartão levado da vítima, adegas, que vende bebidas, e ao passarem no bairro Santa Genebra depararam com o carro, com quatro pessoas no interior. 

Houve perseguição e durante a ação, um dos passageiros arremessou um celular para fora. O grupo acabou sendo detido e levado para o plantão do 1º Distrito Policial (DP), onde os suspeitos ficaram à disposição da Justiça.