Preso suspeito de envolvimento no assalto à joalheria H.Stern

Durante operação, comandada pela Divisão de Investigações Criminais de Campinas (Deic) na capital paulista, foi capturado e preso na manhã de sexta-feira (21), no bairro Americanópolis, um homem de 49 anos suspeito de envolvimento no assalto a joalheria H.Stern, no Galleria Shopping, no último dia 8. Ademir Fogaça agiu com quatro comparsas e foi localizado na casa dele, na mesma região do grupo que assaltou as duas joalherias no Parque D.Pedro Shopping no dia 25 de junho. 

Segundo o delegado da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), José Glauco Ferreira, o suspeito é especialista em roubos a joalherias e apontado como um dos líderes da quadrilha, porém, ele não teria ligação com o bando que invadiu o Parque D.Pedro Shopping. Ademir estava foragido desde setembro deste ano, quando deixou o presídio para gozar o benefício da saidinha temporária. 

A identificação do grupo criminoso foi realizada a partir da apreensão do carro usado no assalto - localizado pela Polícia Militar (PM) no dia do crime nas proximidades do shopping -, e de imagens de câmeras de segurança do centro de compras.

A operação contou com a participação de agentes da 1ª DIG, da 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) e do Grupo de Operações Especiais (GOE). 

Na ação, foram cumpridos três mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Dois dos alvos não foram localizados e são considerados foragidos. 

O roubo teve a participação de cinco bandidos, mas dois deles ainda estão sob investigação. O delegado disse que entre os próximos está o pedido de prisão preventiva de todos os envolvidos.

Segundo o delegado assistente da DIG, Fernando Sanches, Fogaça tem uma “extensa ficha criminal”, que inclui basicamente roubos a joalherias, inclusive, somando ao menos cinco condenações por assaltos na capital paulista. 

A região onde o suspeito mora é o núcleo de residência de criminosos especializados em roubos a joalherias no Estado de São Paulo. “Ele assumiu alguns (integrantes) que sobraram da quadrilha anterior (a do roubo ao D.Pedro Shopping). O preso tem antecedentes gravíssimos. Ele é especializado nessa modalidade de crime e acreditamos que, com a sua prisão e até fuga de alguns dos autores, principalmente dos cabeças da associação criminosa que roubou o D.Pedro, ele tenha assumido, juntamente com membros mais novos e menos experientes, a função de líder dessa associação”, revela Sanches.

O suspeito é o membro mais antigo dos já identificados da quadrilha que agiu no Galleria. Porém, há um outro, que pode dividir a liderança no grupo. Ainda conforme Sanches, nesta semana, a Deic de São Paulo capturou um dos cabeças da quadrilha que atacou as duas joalherias no Parque D. Pedro Shopping, Igor Pereira. A prisão aconteceu com base no mandado de prisão solicitado pela DIG Campinas. 

Os policiais agora esperam avançar nas investigações para identificar os receptadores das joias. Não foram encontradas as peças com os suspeitos. Segundo Ferreira, o suspeito alegou que as joias são comercializadas facilmente e, por isso, não havia nada na casa dele. 

Como foi o roubo

Fogaça foi o primeiro que entrou na loja da H.Stern, rendendo quatro funcionárias e uma cliente. Um comparsa chegou para dar apoio na sequência. A dupla não mostrou armas, apenas simulou estar armada. Eles estavam de cara limpa e a ação, segundo o delegado, foi silenciosa.

Enquanto Fogaça obrigava três funcionárias a levá-lo até a sala do cofre, onde estavam as joias, o comparsa junto à uma funcionária e cliente, na loja. As joias foram colocadas em bolsas grandes e os bandidos saíram do local sem chamar a atenção de seguranças ou do público que estavam no shopping. “Com base nas imagens, verificamos que outros dois homens, usando máscara facial (de covid), deram cobertura à ação”, contou o delegado Fernando Sanches. 

Os criminosos saíram do estacionamento do shopping em um carro modelo Hyundai HB20, com placas e chassi adulterados. O veículo, cadastrado em Sumaré, foi furtado na capital, dois dias antes do assalto à joalheira. Ele foi deixado nas proximidades do Galleria. Os bandidos fugiram em outro carro, que ainda não foi identificado.