Na casa dele, foram encontradas drogas sintéticas
(Divulgação)
Uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão levou a Polícia Civil a prender em Indaiatuba um homem de 29 anos, apontado como responsável, no organograma de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Na casa dele, os policiais informaram ter encontrado drogas sintéticas como ecstasy e até uma porção de material conhecido como "meleca", que é a extração da flor da maconha.
A investida policial na residência, que fica no bairro Jardim Hubert, foi realizada com base em ordem judicial decretada pela 1ª Vara Criminal do Fórum de Indaiatuba. O delegado Marcos Daniel Maciel Rodrigues e uma equipe de investigadores da Delegacia de Polícia Civil do Município encontraram resistência para entrar no imóvel.
"A equipe se identificou e deu ciência da ordem judicial ao morador", segundo informação relatada pelo delegado. O alvo dos policiais estava sozinho na residência. "Ele se negou a abrir o cadeado e então se dirigiu ao interior da residência", descreve o delegado. Os investigadores quebraram a corrente e ao entraram na casa o investigado estava "tentando jogar material assemelhado a haxixe no vaso sanitário".
Os investigadores acharam 24 gramas de ecstasy, uma droga sintética que contém substância psicoativa , também conhecida como MDMA, ou molly. Também foi encontrado haxixe, num total de 61 gramas, além de 24 gramas de "meleca de maconha" que é o Shatter (tem altas concentrações de THC, o princípio ativo da maconha).
Apesar de não haver grande quantidade de drogas no imóvel, o homem que estava na casa foi preso por tráfico de drogas, crime previsto no artigo 33 da Lei de Entorpecentes. A prisão é considerada importante porque ele é alvo de uma investigação que começou em 2021. A Polícia Civil descobriu que o suspeito faz parte de um esquema que promove a venda de drogas para a facção criminosa.
A principal função desse investigado é de "lavar" o dinheiro da venda de drogas , ou seja, comprar veículos, imóveis e outros bens. E passar esse "patrimônio" em nome de (pessoas sem antecedentes criminais que são usadas para assumir em seu nome os bens que são, na verdade, da facção criminosa PCC.
A prisão do acusado, segundo a Polícia Civil, foi necessária "tendo-se em vista que os indícios de autoria e prova da materialidade declinam que os entorpecentes com ele localizados destinavam-se efetivamente para o tráfico ilícito de entorpecentes, de forma que o conduzido transportava, guardava, tinha em depósito, trazia consigo substâncias entorpecentes destinadas ao comércio espúrio e equiparado a hediondo".
Ainda de acordo com a interpretação da Polícia "a conduta é concretamente grave e em liberdade, o indiciado deve continuar envolvido em atividades criminosas". O delegado encaminhou à Justiça um pedido de prisão preventiva. Caso a medida seja decretada, o investigado vai permanecer preso até o julgamento do processo.
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