BARBÁRIE SEM LIMITES

Polícia prende pedófilo que estuprou enteado de 10 anos

Maníaco era produtor independente de vídeos com conteúdos focados em crianças e adolescentes

Alenita Ramirez/ [email protected]
04/08/2023 às 12:36.
Atualizado em 04/08/2023 às 12:36
Policiais civis conduzem filmmaker que estuprou enteado de 10 anos (Divulgação)

Policiais civis conduzem filmmaker que estuprou enteado de 10 anos (Divulgação)

Um filmmaker de 45 anos, de Campinas, foi preso na região da Praia Grande, na manhã de quinta-feira (3), sob acusações de estupro e pedofilia contra seu próprio enteado de apenas 10 anos. O crime ocorreu em 2020 e foi filmado pelo suspeito, sendo posteriormente descoberto pela mãe da criança. Na época, a mãe estava casada com o acusado e imediatamente denunciou o caso à 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A prisão foi efetuada mediante mandados de busca, apreensão e prisão, executados em sua residência na Cidade Ocean. Durante a busca, autoridades confiscaram dispositivos eletrônicos que serão submetidos a perícia. O computador continha imagens de pornografia infantil.

O delegado responsável pela unidade especializada, Mateus Rocha, esclareceu que o homem havia anteriormente vivido em Campinas, posteriormente se mudando para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por um período antes de retornar ao Estado de São Paulo, estabelecendo-se na região litorânea. Suas constantes mudanças de endereço ocorreram após descobrir que estava sob investigação e após confrontação por parte de sua ex-companheira.

Conforme relatado por Rocha, à época em que cometeu o crime contra seu enteado, o filmmaker atuava como produtor independente de vídeos para programas de televisão, focando exclusivamente em trabalhos envolvendo crianças e adolescentes.

A ex-companheira descobriu o crime ao utilizar o computador do acusado para abrir uma microempresa. Ao acessar a pasta de lixeira, deparou-se com um arquivo de vídeo retratando um homem envolvido em atividade sexual com uma criança. Apesar dos rostos não estarem visíveis, a mulher identificou de imediato o adulto no vídeo como seu ex-companheiro e a criança como seu filho.

Após o recebimento da denúncia, as autoridades policiais imediatamente deram início à investigação, empregando extenso monitoramento e uma variedade de técnicas de inteligência. O desdobramento dessa operação culminou na localização do suspeito no Litoral Paulista, resultado da colaboração entre equipes da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (2ªDDM) e agentes do 8º Distrito Policial (DP).

Um comunicado emitido pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior 2 do Estado de São Paulo (Deinter-2) enfatizou a existência de amplas evidências no inquérito eletrônico, apontando para crimes de pedofilia, estupro e produção de material pornográfico envolvendo menores. "Existe uma farta prova no inquérito policial eletrônico de pedofilia, estupro e de produção de vídeos pornográficos infantis", frisou nota.

O delegado Rocha ressaltou a importância da divulgação do caso e, nesse sentido, ele fez um apelo: "É importante a gente fazer essa divulgação porque na época em que ele praticou esses crimes aqui em Campinas, ele era produtor de vídeos e trabalhava essencialmente com crianças. Então pode ser que lá fora pode haver novos crimes e novas vítimas que a gente precisa identificar", pediu o delegado.Rocha, ao direcionar sua mensagem aos pais, instouos a manterem vigilância constante. Caso, porventura, tenham filhos que tenham participado de qualquer tipo de produção artística envolvendo filmagens ou fotografias nos últimos dois ou três anos, e caso tenham surgido relatos de abuso infantil, ele encorajou que busquem a unidade de investigação, localizada junto à sede da 2ª Delegacia Seccional na região do Jardim Londres.

"Ele possuía um estúdio improvisado em sua residência e, para realizar as filmagens, conduzia as crianças a essa produtora independente aqui em Campinas. Ele deixava o celular ou uma câmera no estúdio, e entre os vídeos que foram recuperados do computador, identificamos imagens de crianças e adolescentes que estamos investigando para determinar se são vítimas que frequentaram o estúdio", explicou o delegado, ressaltando que o indivíduo assistia aos vídeos que fazia das crianças e adolescentes trocando de roupa. "São diversas as condutas que ele praticava e não há um modus operandi específico. Dependia muito de cada situação, ele encontrava uma brecha e buscava praticar esses abusos, sozinho".

Conforme declarado por Rocha, a próxima etapa da investigação se concentrará em elucidar os métodos pelos quais o filmmaker praticava esses crimes. Neste cenário particular, ele foi preso temporariamente em relação ao crime envolvendo seu ex-enteado. "É preciso apurar um pouco mais e ver se tem mais pessoas envolvidas. A princípio ele responderá por estupro de vulnerável e o registro de cena de sexo ou pornografia infantil", enfatizou.

O delegado Rocha também informou que a polícia dispõe de evidências que sugerem que o suspeito compartilhou o vídeo através do aplicativo WhatsApp, além de ter armazenado diversos arquivos contendo filmes, vídeos e fotos envolvendo crianças e adolescentes, incluindo cenas de sexo. 

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