A CASA CAIU

Polícia prende bando do PIX que tocava terror em Sousas

Trio detido é acusado de sequestrar e roubar R$ 9.340 de mulher no distrito no dia 8 de fevereiro

Alenita Ramirez/ [email protected]
07/03/2023 às 10:39.
Atualizado em 07/03/2023 às 10:39
Um dos suspeitos de integrar a quadrilha do PIX preso pela polícia (à esquerda) e o veículo Corsa prata, identificado pela vítima do sequestro

Um dos suspeitos de integrar a quadrilha do PIX preso pela polícia (à esquerda) e o veículo Corsa prata, identificado pela vítima do sequestro

Policiais civis do 12º Distrito Policial (DP), no distrito de Sousas, em Campinas, desmantelaram mais uma quadrilha especialista do PIX. Dois homens e uma mulher foram identificados e presos temporariamente por 30 dias. O trio é apontado por envolvimento no roubo e sequestro-relâmpago de uma dona de casa de 58 anos. Os policiais acreditam que ao menos outros quatro criminosos estejam envolvidos neste crime. Os integrantes do bando são moradores da região dos bairros São Domingos e Campo Belo. 

A identificação do grupo foi a partir de imagens de câmeras de vigilância e também de descrição de um dos criminosos. O assalto aconteceu no dia 8 de fevereiro, em Sousas, quando a mulher voltava para o carro, que estava estacionado perto de uma farmácia. A vítima tinha ido ao banco. Ela foi rendida por dois ladrões, um deles armado, que a colocaram no carro dela, um Nissan Kicks, e mantida de cabeça abaixada no banco traseiro. 

A dona de casa foi obrigada a entregar cartões bancários e fornecer senhas aos criminosos, que rodaram por vários locais mantendo-a refém por quase uma hora. Os ladrões fizeram transferências por PIX no valor de R$ 9.340,00. Os valores foram depositados na conta de um homem e de uma mulher, que foram identificados e presos. "Quando a vítima foi liberada pelos criminosos, ela levantou a cabeça e viu um carro que estava na cobertura. Ela conseguiu ver que era um carro modelo antigo, um Corsa na cor prata. Com esse dado e mais imagens de câmera de vigilância chegamos a um suspeito, que recebeu um dos depósitos", contou um investigador. 

A mulher foi liberada pelos criminosos com o carro, na Rodovia dos Agricultores, em Valinhos. Os criminosos fugiram. Com a identificação de um dos criminosos, de 25 anos, no final do mês, os policiais conseguiram mandado de prisão, busca e apreensão. O suspeito foi detido na casa dele no São Domingos. O celular dele foi apreendido. O homem foi um dos que recebeu dinheiro em conta e está sendo investigado se ele participou diretamente do assalto. 

Os policiais também conseguiram identificar o ladrão que estava armado e atacou a mulher. O suspeito tem 39 anos. Uma moça, de 26 anos, também foi presa por ser uma das pessoas que recebeu R$ 8 mil do dinheiro. O trio vai responder por organização criminosa e roubo com retenção de vítimas. Os suspeitos tiveram prisão preventiva decretada por 30 dias e ao fim dela o delegado José Roberto Rocha vai representar pela prisão preventiva. Nesta semana, os policiais vão ouvir o homem de 39 anos e a mulher, mais uma vez. Os investigadores acreditam que além dos três presos, outros quatro estão envolvidos no crime. 

20 Integrantes 

No ano passado, cinco integrantes de uma quadrilha que atacava e aterrorizava motoristas na rotatória da Leroy Merlin/Decathlon, no trecho da Rodovia D. Pedro I, na altura da Avenida Mackenzie, próximo aos shoppings centers e condomínios de luxo, entre abril de 2020 a março de 2021, foram condenados a 110 anos de prisão em regime fechado. Cada um recebeu uma pena de aproximadamente 22 anos. O processo tramitou em segredo de Justiça. O bando fez ao menos 15 assaltos, agia com violência e atacava, na maioria das vezes, mulheres sozinhas em carros de luxo, após as 19h30. A polícia acredita que, em um ano, os criminosos tenham arrecadado com os assaltos entre R$ 600 a R$ 800 mil. 

O grupo, que se exibia com joias, dinheiro e festas nas redes sociais, foi denunciado à Justiça pela promotora Marcela Scanavini Bianchini, no ano passado, depois que agentes do 12º Distrito Policial (DP), em Sousas, identificaram e comprovaram a participação de 22 criminosos nas ações - dois estão foragidos. 

A organização era liderada por cinco integrantes, com funções específicas, como a de fazer a partilha dos valores roubados, operar máquinas de cartões e ser motorista de fuga para a quadrilha. Eles foram identificados como: Lucas Matheus Pereira, Eduardo Cavalcante, Pablo Henrique Gonçalves, Higor de Almeida Nascimento e Cesar Henrique dos Santos Silva. Eles combinavam os roubos em baladas no bairro Cambuí e por meio de grupos no whatsapp. Para cada ação era criado um grupo, de acordo com os comparsas escolhidos. Por isso o grande número de integrantes. No entanto, havia um grupo fixo da quadrilha no aplicativo de conversas que foi denominado como os "7 Mostrinhos", que reunia os principais integrantes.

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