COM ÁGUA FERVENTE

Polícia detém homem por agredir companheira

A água atingiu o rosto, o tórax e as costas da vítima

Alenita Ramirez/alenita.ramirez@rac.com.br
12/03/2025 às 18:01.
Atualizado em 12/03/2025 às 18:01

(Alessandro Torres)

A Polícia Civil capturou na manhã de ontem o catador de reciclável Francisco Vilmar Barbosa Gonçalves, de 44 anos, acusado de queimar a companheira, a vendedora Regina Célia Rodrigues, de 38 anos, com água quente, na noite do dia 27 do mês passado, no bairro Cidade Singer 1, em Campinas. 

Gonçalves, que fez aniversário ontem, chegou a ser preso em flagrante no dia do crime, mas foi liberado na audiência de custódia, com algumas restrições. Mas o delegado da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Leandro Moulin, considerou o crime grave após analisar as imagens de como a vítima ficou  com o ataque e optou por pedir a prisão preventiva do autor. "A agressão contra uma mulher já é um absurdo e se torna mais ainda em um caso como o que aconteceu com esta vítima. Foi muito grave. O autor disse que não sabia que a água estava quente, mas ele viu que a vítima preparava o café", disse Moulin. 

Rodrigues foi localizado em uma casa localizada em uma viela perto de um córrego no Jardim Itaguaçu 1, nos fundos do bairro Campo Belo, na mesma região onde aconteceu o crime. Segundo Moulin, o suspeito não reagiu à prisão e se mostrou indiferente à agressão praticada contra a ex-companheira.

O ex-casal estava junto havia sete meses e, segundo Regina, que segue internada no setor de Queimados do Hospital Irmãos Penteado, o catador de recicláveis demonstrava ser pacífico e carinhoso com ela. "Ele demonstrou um lado horrível. Não imaginava que ele seria capaz de fazer algo assim. Nunca fui agredida por meus ex-namorados. Quero que ele pague pelo que fez", disse Regina que fica emocionada ao relembrar o ataque. 

Na noite do crime, Regina saiu do trabalho pouco antes das 18h. Ao chegar em casa, fez uma pequena limpeza e depois preparou o jantar. O então companheiro chegou cerca de uma hora depois. "Ele estava bêbado. Até então, isso nunca tinha acontecido. Um colega o levou para casa e contou que ele havia usado drogas. Fiquei quieta e procurei fazer o trabalho de casa, mas ele começou a implicar, dizendo que eu o estava traindo. Me xingou de vários palavrões. Quando terminei a janta fui fazer café. Em dado momento, quando a água fervia e eu fui pegar para passar o café, ele pegou a caneca e jogou a água em mim", contou. "Na hora eu só queria sair de casa e pedir socorro", acrescentou.

A água atingiu o rosto, o tó rax e as costas de Regina. A vendedora sofreu queimaduras de 3º e 2º graus e precisou fazer enxerto na região das costas e do peito. Além disso, o olho esquerdo também foi afetado e os médicos avaliam possíveis seqüelas.

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