Polícia desbarata quadrilha de sequestro relâmpago

A Polícia Civil de Campinas desbaratou uma quadrilha especializada na prática de seqüestro relâmpago com transferência por PIX. 

Pelas investigações dos policiais do 11º Distrito Policial (DP), o grupo é dividido em núcleos, com funções distintas, e os criminosos agem com informações privilegiadas a respeito de eventuais vítimas com considerável capacidade financeira. 

Segundo o delegado Sandro Janasson, os bandidos são da região do Jardim Bassoli, atuam em Campinas e usam o dinheiro dos seqüestros para investir em drogas. 

Um dos envolvidos foi preso anteontem à tarde, após o seqüestro seguido de roubo contra um empresário de 43 anos que atua no ramo de cosméticos e roupas íntimas. Na casa de um dos criminosos, foram localizadas e apreendidas 1.356 porções de drogas diversas, como maconha, cocaína e dry. 

Outras duas pessoas, um homem e uma mulher já foram identificados. "Existem pessoas especializadas dentro da quadrilha. 

Uma parte levanta informações e a outra dá o bote, ou seja, realiza a prática criminosa violenta com arma de fogo, violência, coação, intimidação, ameaça e obriga as vítimas a transferirem valores para um terceiro núcleo da quadrilha, que é o núcleo fi nanceiro", descreveu Jonas son. 

A investigação apontou que a base do núcleo operava de dentro do Jardim Bassoli. Com o dinheiro dos seqüestros, a associação criminosa aplica na compra de drogas, que depois é vendida para traficantes. 

Os policiais chegaram ao grupo ao apurar o sequestro do empresário que aconteceu por volta das 11h30 quando a vítima estava em um salão de beleza no Jardim Bassoli. 

Ele foi rendido por três  bandidos, todos armados e obrigado a entrar no carro dele, um Chevrolet Spin, mas como o carro estava cheio de mercadorias, foi deixado para trás. 

Durante a ação, os bandidos obrigaram a vítima a fazer transferência por PIX que somaram R$ 10 mil. No total, a vítima teve um prejuízo de aproximadamente R$ 30 mil. 

O carro da vítima foi achado pelos policiais abandonado em uma área descampada no Jardim Florence. "Os criminosos foram extremamente violentos. Todos estavam armados e ameaçaram, agrediram e coagiram a vítima e ameaçaram entes familiares da vítima. 

Ela ficou em poder dos criminosos em torno de uma hora. Foi o tempo que ela precisou para fazer as transferências bancárias via PIX, da ordem de 10 mil  reais", contou Jonasson.

Os policiais tiveram informações do crime e logo passaram a apurar.

Com cruzamento de informações e dados bancários, eles conseguiram identificar a pessoa para quem os criminosos fizeram as transferências bancárias, o homem detido de 41 anos. 

A partir dele foi identificado um homem e uma mulher com idades entre 25 e 35 anos.

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