Polícia Civil amplia efetivo com 148 novas contratações

As duas delegacias seccionais de Campinas receberam 148 novos servidores para os cargos de escrivão e investigador da Polícia Civil. Eles assumiram seus postos recentemente, com o número de servidores distribuído igualmente entre as seccionais. A primeira seccional, além de Campinas, abrange Valinhos, Vinhedo e Paulínia. A segunda seccional cobre todos os bairros à direita da rodovia Anhanguera, no sentido da capital, incluindo Indaiatuba. Cada seccional recebeu 26 investigadores e 48 escrivães. 

Em março deste ano, Aparecido Lima de Carvalho, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Campinas e Região, conhecido como Kiko, informou sobre um déficit significativo. Na época, havia 264 agentes de segurança em atividade, com uma carência de 190 policiais civis em relação ao previsto por lei, somando-se ambas as seccionais. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), a situação era semelhante, com uma defasagem inferior à média estadual de 40%, segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp). 

Kiko destacou que a 2ª Seccional de Campinas era a mais afetada, com um déficit de 42%, faltando 119 servidores. Na época, contava com 113 servidores públicos. Na 1ª Seccional, a defasagem era de 17%, com 71 cargos vagos e um total de 151 profissionais. 

As principais lacunas na 2ª Seccional eram de delegados, investigadores, escrivães, agentes policiais, papiloscopistas e auxiliares de papiloscopistas. De acordo com a legislação, deveriam haver 24 delegados, mas havia apenas 17; 70 escrivães, mas apenas 46; 102 investigadores, mas apenas 55; e 56 agentes policiais, mas apenas 30. Além disso, havia apenas um papiloscopista, quando o número ideal é cinco, e dois auxiliares, com autorização para até oito. A 2ª Seccional inclui, além de três unidades, uma delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Indaiatuba e quatro delegacias que funcionam em horário comercial: 6º, 8º, 9º e 11º DPs. 

"O reforço dos novos policiais é significativo, mas ainda esperamos reduzir o déficit com um novo concurso que começa em outubro. O governador Tarcísio de Freitas abriu vagas para mais 100 escrivães e 150 investigadores. O cargo de escrivão estava mais carente, por isso a designação foi maior", afirmou o delegado Fernando Manoel Bardi, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior de São Paulo 2 (Deinter-2). 

Os novos policiais são fruto do primeiro concurso da Polícia Civil em anos. Em maio, 4.017 novos agentes foram empossados em diversas carreiras, na maior nomeação da história da corporação, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). 

Ao todo, foram convocados 2.208 escrivães, 1.260 investigadores, 353 delegados e 196 médicos legistas, aprovados no concurso de 2022. "Atualmente, 306 delegados estão em formação e devem concluir o curso em 8 de novembro. Estou negociando para trazer entre 20 a 25 delegados para o Deinter-2, mostrando a necessidade de mais delegados em várias cidades", explicou Bardi. 

Segundo Bardi, é necessário um delegado em Valinhos para atender à demanda local. Bragança Paulista é a região mais carente, com oito delegados, cada um responsável por duas cidades. "Mesmo cidades pequenas, como Pedra Bela, precisam de pelo menos um delegado disponível para atender às demandas. Temos muitos cargos vagos, mas os concursos em andamento ajudarão a preencher essas vagas", destacou Bardi. 

O novo concurso abrirá mais 582 vagas para delegado em todo o estado, com o exame oral previsto para começar em outubro. Para Kiko, os 319 novos policiais civis para a região do Deinter-2 contribuirão significativamente para reduzir o déficit nas delegacias, mas ainda não são suficientes. "O governador prometeu abrir mais de 3 mil vagas para o estado ainda este ano, então as perspectivas são boas", enfatizou.

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