840 quilos da droga estavam divididos em 939 tijolos, escondidos em um poço seco de três metros de profundidade (Divulgação DISE)
Policiais da DISE (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Campinas encontraram 840 quilos de maconha, divididos em 939 tijolos, escondidos em um poço seco de três metros de profundidade em um sítio em Atibaia. O entorpecente é proveniente do Paraguai e chegou por encomenda do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, segundo investiga a Polícia Civil.
Os policiais da Dise receberam informações privilegiadas sobre a existência do "poço da maconha" durante as investigações da atuação da facção criminosa no tráfico de drogas na macrorregião de Campinas. O sítio onde a droga estava escondida fica na Estrada Municipal Carlos Cavalaro, bairro Ponte Alta, em Atibaia.
Os investigadores fizeram um monitoramento nas imediações do sítio - trabalho conhecido como campana. Não havia presença de pessoas no local. Os policiais avistaram uma caminhonete modelo Montana branca estacionada perto de uma casa e restos de uma fogueira no quintal no qual se via nitidamente plásticos tipicamente utilizados no embalo de fardos de entorpecentes.
Depos de alguns minutos, um homem chegou a pé no local. Ele entrou no sítio e recebeu voz de prisão. Ele teria sido contratado como caseiro. Ele chegou a dizer aos policiais que não havia entorpecentes no sítio, porque haviam sido levados um dia antes.
Os investigadores não acreditaram na versão. "Insistindo na vistoria e revista do local, os policiais notaram que a terra embaixo da Montana que estava estacionado teria sido recentemente revolvida. Estranhando o fato, retiraram o automóvel do local e cavaram. Logo encontraram uma tampa de cimento, em um poço seco construído com manilhas de concreto , exclusivamente para a guarda de entorpecentes", disse o delegado José Glauco Silveira Lobo, da DISE.
A Polícia acredita que a droga iria abastecer os pontos de venda de drogas em Campinas e na região de Bragança Paulista administrados pela facção criminosa. "Vamos aprofundar as investigações. Mas conseguimos de novo desarticular uma estrutura do tráfico e retirar quase uma tonelada de maconha", comentou o delegado José Carlos Fernandes da Silva, diretor da DEIC (Divisão Especializada em Investigações Criminais).
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