NO CONDOMÍNIO ALPHAVILLE

PF faz apreensão em ação de combate a fraude eletrônica em Campinas

Na ‘Operação Metaverso’ foram cumpridos 11 mandados de busca nos estados do PR, RO, SP e MS

Da Redação
24/11/2022 às 08:42.
Atualizado em 24/11/2022 às 08:42
Agente da Polícia Federal faz buscas em empresa durante a “Operação Metaverso”, que derivou da Força-tarefa “Tentáculos”, contra fraudes bancárias (Reprodução)

Agente da Polícia Federal faz buscas em empresa durante a “Operação Metaverso”, que derivou da Força-tarefa “Tentáculos”, contra fraudes bancárias (Reprodução)

Campinas foi alvo da “Operação Metaverso”, deflagrada na quarta-feira (23) pela Polícia Federal de Rondônia (RO) para combater crimes relacionados à prática de fraude bancária eletrônica. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Paraná, São Paulo (neste caso, em Campinas) e Mato Grosso do Sul. Por aqui, o mandado foi cumprido no Condomínio Alphaville, com a apreensão de dispositivos móveis. Não foi informada a identidade do alvo da investigação.

De acordo com a corporação, a operação é resultado da Força-tarefa Tentáculos, que atua na repressão a fraudes bancárias eletrônicas e coordenada pela Polícia Federal, com a cooperação das instituições bancárias aderentes ao Acordo de Cooperação Técnica firmado com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). 

Ainda segundo a PF, a iniciativa se destaca em razão do montante desviado e pela relevância dela, tida como um importante passo para a repressão às fraudes bancárias eletrônicas no país.

Dentro da atuação conjunta, o Núcleo de Repressão a Fraudes Bancárias da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos iniciou investigação para apurar fraudes cometidas por meio da internet, envolvendo no montante de R$ 18,5 milhões em transferências bancárias para empresas e pessoas físicas, recursos este que, posteriormente, foram aplicados na aquisição de criptomoedas, inclusive por meio de corretoras de outros países, a fim de dificultar a rastreabilidade das vantagens financeiras obtidas.

De acordo com a corporação, foi detectado, durante as investigações, que a organização criminosa desviou R$ 16,7 milhões e R$ 1,8 milhão, respectivamente, das contas de duas empresas, mediante uma sofisticada fraude encabeçada pelos investigados, a partir da utilização da conta bancária de uma empresa sediada em Porto Velho (RO). A partir do acesso às contas bancárias das vítimas, os valores foram remetidos para inúmeras contas espalhadas pelo Brasil.

Em Rondônia, a investigação - conduzida por agentes do núcleo de análise da delegacia regional de combate ao crime organizado -, iniciou-se em maio do ano passado, após o recebimento do relatório produzido pela unidade central, com base em informações apresentadas pelas instituições bancárias vítimas.

A apuração demonstrou que os criminosos exploraram possível vulnerabilidade técnica ou sistêmica no site da vítima do ataque para desviar o dinheiro, que, imediatamente, foi distribuído para dezenas de contas bancárias, a fim de dificultar a rastreabilidade e ocultar as vantagens financeiras obtidas na fraude. 

“A Polícia Federal conseguiu identificar 30 pessoas físicas e jurídicas envolvidas no caso, sendo que diversas empresas foram abertas, exclusivamente, para a realização do desvio, tendo as suas atividades encerradas imediatamente após o atingimento do objetivo criminoso”, citou em nota.

Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pela 4ª Vara Criminal de Porto Velho. Os investigados responderão, na medida de suas culpabilidades, pela prática dos crimes de furto qualificado mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

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