PF reprime crimes contra o Sistema Financeiro (Polícia Federal)
A Polícia Federal de Campinas deflagrou, na manhã desta quinta-feira (1º), uma operação para combater crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. De acordo com a PF, foram detectadas movimentações atípicas em diversas regiões do país e entre os meses de março e junho de 2022 as as empresas investigadas movimentaram R$ 5 milhões.
São cumpridos, nos estados de São Paulo e Pernambuco, 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara Federal em Campinas, contra 15 pessoas físicas e sete pessoas jurídicas.
Além das buscas, foi determinado o bloqueio de mais de R$ 16 milhões em bens e valores dos investigados para fazer frente a danos causados. No total, 94 policiais federais e 31 servidores da Secretaria da Receita Federal do Brasil participam das buscas.
A soma das penas dos crimes constatados durante a investigação, todos contra o Sistema Financeiro Nacional podem chegar a 26 anos de prisão.
Operação Clandestine Bank
Segundo a Polícia Federal, a investigação, iniciada em março de 2023, teve como base as informações obtidas na Operação Dollaro Bucato II, deflagrada em 2022, também em Campinas. Por meio das análises de documentos e dispositivos eletrônicos, foi possível constatar milhares de operações de crédito e débito e de câmbio, efetivadas por pessoas físicas e jurídicas não autorizadas, inclusive para o continente asiático.
"As operações envolvem movimentação de moeda no exterior por meio do processo conhecido como dólar-cabo, além de câmbio de moeda em território nacional, conversão ilícitas de créditos lícitos em dinheiro em espécie, uso de empresas de fachada, operações de importações fictícias, laranjas, testas de ferro, pagamento de boletos em benefício de terceiros, emissão de notas fiscais sem lastro", diz a PF.
Foram detectadas movimentações atípicas nas diversas regiões do país, e o montante transacionado apenas entre os meses de março e junho de 2022, em relação às empresas investigadas, chega a R$ 5 milhões. Entre as pessoas jurídicas de fachada, há empresa de transporte que não possui um único veículo.
Os principais investigados são dois operadores do sistema financeiro clandestino, a empresa de fachada utilizada para as movimentações, a empresa do ramo químico que mais usou o sistema bancário ilícito para, principalmente, converter créditos de sua conta corrente em dinheiro em espécie, e seu dirigente.