Segundo as investigações, as imagens de abuso sexual infantil foram distribuídas por redes sociais e aplicativo de mensagens, tanto em conversas privadas como em grupos
Foram apreendidos dispositivos eletrônicos (celulares e HDs) (Divulgação)
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (15), quatro mandados de busca e apreensão na região de Campinas em invetigação contra crimes de pornografia infantil.
Dois mandados foram expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas e outros dois pelas Varas Federais de São João da Boa Vista e Jundiaí. Eles foram cumpridos em Campinas, Indaiatuba, Mogi Mirim e em Jundiaí.
Segundo a PF, durante as investigações foi apurado que as imagens de abuso sexual infantil foram distribuídas por redes sociais e aplicativo de mensagens, tanto em conversas privadas como em grupos. Nos locais, os agentes apreenderam dispositivos eletrônicos (celulares e HDs).
A corporação ainda afirmou que a princípio não há ligação entre os investigados e que os esforços estão sendo realizados para identificar os menores vítimas dos abusos.
“Há indícios de que um dos investigados seja suspeito de, não só disseminar arquivos, mas também de proceder a produção de imagens com conteúdo de pornografia infantil, podendo, portanto, responder ainda por estupro de vulnerável”, informou nota.
As investigações fazem parte da Operação Hora da Infância e terão continuidade com a análise do material apreendido por exame pericial.
Em caso de prisão, os investigados podem responder pelos crimes previstos nos artigos 241-A e 241-B do ECA, que podem chegar a 10 anos de reclusão e multa. Se comprovado o crime de produção e estupro de vulnerável, as penas somadas podem chegar a 27 anos de prisão.
“A Polícia Federal informa que mantém um grupo especializado na repressão de tais crimes na Delegacia de Polícia Federal em Campinas e que conta com o apoio e reconhecimento do SERCOPI/DRCC (Serviço de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil, da Polícia Federal, em Brasília), além de estar instrumentalizada com programas eficazes e cruzamentos de dados, utilizados durante as investigações, que ajudam a identificar com mais agilidade pessoas que promovem a disseminação de arquivos com conteúdo de abuso sexual infantil”, afirma nota da PF.