inquérito policial

Pediatra tem prisão decretada por suspeita de abuso sexual em Monte Mor

Caso foi aberto em janeiro e a vítima seria um adolescente; investigação tramita em segredo de Justiça

Alenita Ramirez/ [email protected]
06/08/2022 às 10:38.
Atualizado em 06/08/2022 às 10:38
A Polícia Civil, que fez o pedido de prisão preventiva, apura o crime contra a dignidade sexual e importunação sexual. (Reprodução)

A Polícia Civil, que fez o pedido de prisão preventiva, apura o crime contra a dignidade sexual e importunação sexual. (Reprodução)

Um médico pediatra de 65 anos foi preso na manhã de sexta-feira (5) em Monte Mor, suspeito de estuprar um adolescente de 14 anos. A prisão preventiva foi decretada pela 1ª vara Criminal de Hortolândia, município onde o crime aconteceu. O especialista foi detido por policiais militares em uma clínica na qual trabalha e levado à delegacia de Monte Mor, onde prestou depoimento, sendo encaminhado depois ao IML, para então ficar à disposição da Justiça.

O inquérito policial que investiga o caso foi aberto em 3 de janeiro por policiais civis do 1º Distrito Policial de Hortolândia. A investigação, acompanhada pela 2ª Promotoria de Justiça da cidade, tramita em segredo. O médico tem registro ativo como pediatra no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). 

A entidade informou que, até o momento, não houve uma comunicação oficial sobre o caso em questão e que poderá investigar sobre ele, mencionou por meio de nota. 

A Polícia Civil, que fez o pedido de prisão preventiva, apura o crime contra a dignidade sexual e importunação sexual. O médico atua tanto em Monte Mor como em Hortolândia. De acordo com os policiais militares, o profissional se mostrou surpreso com o mandado, mas não resistiu. A vítima, que teria sofrido o suposto abuso, é paciente dele.

Professor exonerado

Em junho deste ano, um professor de inglês da rede estadual de educação de Campinas foi afastado e depois exonerado, acusado de esfregar em duas alunas amigas de 10 anos durante a aplicação de uma prova. As vítimas estavam sentadas juntas e contaram o abuso para a irmã de uma delas, mais velha, que denunciou o fato à direção da escola e depois para os pais. 

Na época, o pai chegou a agredir o professor ao pedir explicações do que havia ocorrido na escola. Todos foram levados à 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde o caso é investigado, e o professor foi liberado depois de prestar depoimento. Na mesma semana da denúncia, a Secretaria Estadual de Educação afastou o docente e abriu sindicância. Recentemente, ele foi exonerado do cargo.

A mãe de uma das vítimas relatou que a filha tinha sido assediada em outras ocasiões pelo professor, mas a família não havia denunciado. Outras crianças da escola também relataram abusos por parte do professor depois da denúncia. Os casos aconteceram na Escola Estadual Norberto Souza Pinto, no Jardim Novo Campos Elíseos.

Em Vinhedo

Também em junho, uma ação conjunta entre a Secretaria Municipal de Educação, Conselho Tutelar e Polícia Civil, de Vinhedo, prenderam um homem de 43 anos, acusado de estuprar três enteadas, com idades entre 12 e 14 anos. 

O homem foi preso depois de as vítimas denunciarem a violência para a direção da escola onde estudam. Em nota, na época, a Secretaria Municipal de Educação destacou que a escola tem um papel fundamental na prevenção e na descoberta de situações de abuso. 

"É muito importante orientar crianças e adolescentes de que algumas condutas dos adultos não devem ser aceitas, pois se configuram em abuso. Muitas vezes, as vítimas demoram a entender o que está acontecendo e têm receio de relatar para a família, encontrando no ambiente escolar um local seguro, onde as equipes gestoras estão prontas para escutar, acolher e, imediatamente, buscar ajuda junto aos órgãos competentes", destacou a secretária de Educação Rogéria Nicoletti. 

Estatística 

Em todo o Estado de São Paulo, no primeiro semestre deste ano, foram registrados 4.691 casos de estupros de vulneráveis , um aumento de 5% em comparação a igual período do ano passado, quando 4.441 ocorrências foram computadas. Em Campinas, a alta foi de 60% em relação a igual período de 2021. De janeiro a junho deste ano foram 126 denúncias, enquanto em 2021, 79.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por