Operação apreende meia tonelada de fios e cabos

Meia tonelada de fios e cabos de cobre de origem suspeita foi apreendida e sete pessoas presas em flagrante durante a primeira operação integrada do Centro de Inteligência Metropolitano (CIM), implantado no último dia 12 de maio para unificar os núcleos de inteligência das guardas municipais das 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). A ação aconteceu simultaneamente na manhã de ontem e as cidades com menos suporte foram apoiadas pelas cidades com mais suporte para poder fazer a operação.

O foco da operação foi o combate à receptação de fios e cabos de origem ilícita e coibir o comércio ilegal de metais furtados e roubados, crimes estes que as autoridades apontam como "grandes causadores de danos à infraestrutura urbana, como iluminação pública e telecomunicações, e que prejudicam a população".

Foram fiscalizados, de forma simultânea, 84 estabelecimentos nas 20 cidades. Durante a ação, houve também apreensão de armas e drogas. Até às 16h30 de ontem, algumas cidades ainda estavam com ocorrências sendo apresentadas no distrito policial. A operação envolveu a participação de 275 agentes.

Somente em Campinas, segundo o coordenador do CIM, Leandro Ferragutti, foram vistoriados 11 estabelecimentos, com apreensão de 229 quilos de fiação de cobre, dois suspeitos conduzidos à delegacia e um preso.

Em Hortolândia, dois locais foram fiscalizados, com a apreensão de 103 quilos de fios, um suspeito conduzido ao DP e um preso. Em Indaiatuba, três locais foram fiscalizados, com 71kg de fios apreendidos. Em Jaguariúna, seis locais foram fiscalizados, com 31,4kg de fios apreendidos e duas pessoas conduzidas à delegacia. 

A operação foi conduzida pelos setores de inteligência dos municípios participantes, que realizaram levantamentos prévios para identificar os alvos da fiscalização. "Após as análises de dados, foram apontados os locais suspeitos e a partir daí cada cidade desencadeou sua operação para fiscalização nesses locais", explicou Ferragutti. 

Para o presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC e prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), a operação foi uma amostra do potencial do CIM para a região. "Eu acredito que melhorar a segurança pública da região tem que ser com integração, com troca de informações, com ações conjuntas. E nesta quarta-feira tivemos uma prova de que isso funciona", afirmou. 

O CIM foi implantado com a proposta de fortalecer a cooperação entre os municípios, viabilizar o compartilhamento de dados estratégicos, definir ações integradas e realizar operações conjuntas de enfrentamento à criminalidade. "Hoje o crime vive sobre rodas e ele não é uma coisa local, do seu município. O indivíduo que age em Campinas também age em Vinhedo, em Paulínia, em Cosmópolis. Ele circula muito e então as informações compartilhadas são cruciais para que a gente consiga fazer uma prevenção", defendeu o coordenador do CIM. 

De acordo com Ferragutti, o Centro de Inteligência Metropolitano também direciona trabalhos para os crimes, como furtos de veículos, roubos de farmácias, os furtos de estabelecimentos comerciais nas madrugadas. Com a captura de informações, elas não são apenas trocadas entre as guardas municipais, mas também encaminhadas para outras autoridades competentes, como a Polícia Civil, a Polícia Militar e Polícia Federal (PF).

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