Operação apreende 30 fuzis no Aeroporto de Viracopos

A Receita Federal apreendeu anteontem no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, diversas peças de armas que, unidas, permitiriam a montagem de 30 fuzis. As partes dos armamentos estavam distribuídas entre 14 cargas diferentes, provenientes dos Estados Unidos, e tinham como destino os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Algumas peças de armas estavam escondidas em prensas hidráulicas e outras mercadorias que chegaram ao aeroporto com falsa declaração de conteúdo.

A localização do armamento aconteceu durante fiscalização de rotina para combate a ilícitos. De acordo com a Receita Federal, as cargas fiscalizadas são selecionadas com base em levantamento de dados que indicam a necessidade de uma análise mais detalhada nas mercadorias. A seleção para fiscalização tem foco, entre outros, na identificação de mercadorias perigosas ou proibidas, bem como na tentativa de barrar possíveis tentativas de fraude.

O arsenal estava em caixas com declarações falsas citando que se tratavam de churrasqueiras. "No caso de importação de armas, suas partes e peças, cabe destacar que a operação deve ser controlada pelo Comando do Exército. Para casos específicos, a autorização do órgão deve ocorrer antes do embarque de tais mercadorias no exterior", frisou a Receita em nota. 

A suspeita das autoridades é de que todo o armamento foi adquirido por integrantes de organizações criminosas. Pela legislação brasileira, a importação de armas, partes e peças é vedada se realizada pelo serviço postal ou de similares. No caso dos armamentos apreendidos pela Receita  Federal, a tentativa de importação ocorreu pela remessa expressa, o que a torna proibida no País. Nas fiscalizações de remessa expressa, a Receita Federal ainda conta com o apoio das empresas de courier. O Caso será investigado pela Polícia Federal. 

Cenário 

De acordo com o escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes, o tráfico de armas de fogo está relacionado a todas as formas de crime organizado e refere-se ao comércio internacional de armas de fogo que não é devidamente autorizado pelos países envolvidos. 

Segundo a instituição, as armas de fogo são usadas como mercadorias de tráfico, expressão de poder ou até como forma alternativa de pagamento em troca de outras mercadorias ilegais (por exemplo drogas). Além disso, o tráfico de armas de fogo alimenta grupos insurgentes e terroristas, causando ou aumentando a instabilidade regional nas áreas afetadas. 

O comércio ilegal de ar mas de fogo também contri bui para armar grupos cri minosos urbanos e promo ver a violência relacionada com gangues em muitos países. Nesse aspecto, o tráfico e o uso indevido de armas de fogo estão intrinsecamente ligados a organizações e redes criminosas. 

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