Yorkshire foi arremessado, bateu a cabeça e ficou com sequelas
Com a demora do condomínio em ceder as imagens, o empresário registrou boletim de ocorrência por maus-tratos e obteve a autorização para pegar as imagens via advogado (Reprodução)
Mais um caso de maus-tratos contra animais foi registrado na região de Campinas. Terça-feira (8), um empresário de Sumaré denunciou à Polícia Civil a agressão contra seu cachorro, um Yorkshire de 6 anos. Imagens de câmeras de vigilância do condomínio onde o tutor mora, mostram um homem com o cachorro dele, chutando-o e depois o arremessando por cima de uma cerca viva. O cãozinho, chamado Jorginho, caiu contra a escada da casa e bateu a cabeça na quina de um degrau. O animal sobreviveu, mas ficou com sequelas.
A agressão aconteceu no dia 5 de outubro, mas Sidney Paiva somente descobriu o fato terça-feira, depois de apelar à Polícia Civil para que a administração do condomínio cedesse as imagens do sistema de monitoramento do dia em que o cachorro foi achado agonizando na escadaria da sua residência.
De acordo com Paiva, Jorginho habitualmente passeava no quintal e, vez ou outra, corria para a calçada. No dia do crime, ele estava deitado perto da cerca viva quando viu que o agressor passava na calçada com o cachorro dele, de porte maior. Jorginho se levantou, passou pelo vão da cerca e foi atrás do homem com o cachorro, que se irritou e o chutou por duas vezes. Depois, ele pegou o animalzinho nas mãos e o lançou por cima da cerca. “O Jorginho ficou desacordado na escada. Um vizinho passou e o viu agonizando. Ele chamou o zelador, que avisou minha mulher. Pegamos o Jorginho e o levamos ao hospital veterinário. Os médicos não conseguiram entender o que havia acontecido. Decidi pedir as imagens à administração do condomínio, que enrolou e não me forneceu”, contou o empresário.
Jorginho ficou três dias internado e saiu com sequelas. Os veterinários constataram que ele sofreu traumatismo craniano. Segundo Paiva, o animal se locomove com dificuldade e precisa passar por neurologista e ortopedista para análise. “Quero justiça. Foi muita maldade humana. Quero que esse homem seja identificado e punido criminalmente e civilmente. Tive despesas veterinárias e terei mais para tratar o Jorginho”, desabafou.
Com a demora do condomínio em ceder as imagens, o empresário registrou boletim de ocorrência por maus-tratos e obteve a autorização para pegar as imagens via advogado.
Quarta-feira (9), a Polícia Civil esteve no condomínio em busca de mais imagens para identificar o agressor e também colheu depoimentos de uma moradora que acredita ter visto o homem no cachorródromo do condomínio agredindo outro cão. Ele ainda teria jogado um cachorro de outra raça contra o alambrado do espaço.