NO JARDIM CAMPOS ELÍSEOS

Mulher reage a assalto e é baleada na perna em Campinas

Assaltante estava em uma motocicleta e lutou com a vítima antes de atirar

Alenita Ramirez/ alenita.ramirez@rac.com.br
09/06/2022 às 10:12.
Atualizado em 09/06/2022 às 10:12

O auxiliar de cozinha Yuri Gidaro, conhecido da vítima, havia conversado com ela minutos antes da abordagem (GustavoTíllio)

Uma mulher de 39 anos reagiu a um assalto, lutou com o bandido, mas acabou baleada na perna. O criminoso fugiu sem levar nada. A vítima, uma balconista, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu) ao Pronto-Atendimento (PA) do São José, onde foi liberada. O crime foi na noite de anteontem, no Jardim Campos Elíseos. Moradores do bairro relatam medo, já que foram constatadas várias abordagens cometidas por motoqueiros. 

O assalto aconteceu por volta das 20h30, quando a balconista voltava do trabalho. Ela estava a pé, em frente à sua residência quando foi abordada por um motoqueiro armado. Ele apontou a arma e exigiu a bolsa dela, que recusou a entregar e entrou em luta corporal. Durante a briga, a mulher jogou a bolsa por cima do muro. 

“Ela contou que o bandido a ameaçou de morte caso ela não entregasse a bolsa. A gente não sabe se ela tinha recebido pagamento”, contou o auxiliar de cozinha Yuri Gidaro, conhecido da vítima e que havia conversado com ela minutos antes da abordagem. “Eu caminhava em direção a um bar, com a cachorrinha, quando ouvi um estampido. Voltei correndo e a achei ferida na calçada”, contou.

Gidaro relatou que minutos antes do ataque à atendente, o motoqueiro já tinha passado algumas vezes na via. Ele chegou a ligar no telefone da Polícia Militar (PM) para avisar da suspeita. “Ele estava olhando e achei muito estranho. Como há casos de assaltos envolvendo motoqueiros, decidi ligar na polícia”, falou Gidaro.

De acordo com relatos da vítima para a polícia, o bandido era moreno, magro, usava blusa preta com listras brancas, capacete e estava em uma moto preta. A mulher chegou a levar coronhadas durante a luta corporal. Após os disparos, o criminoso fugiu sem levar nada. “Estamos assustados. Depois das 18h, quase ninguém sai mais nas ruas. E de manhã também”, disse a comerciante Cirlei Pereira da Silva, que trabalha no bairro.

A balconista foi liberada da UPA São José, na tarde de ontem. “Estava com o meu salário do mês na bolsa, carteira com cartões e meu celular. Eram meus bens e eu não podia deixar que um bandido levasse assim. Fiquei com tanta raiva que não pensei”, contou.

A mulher usou um galão de cinco litros de amaciante para agredir o ladrão. Durante a luta, o bandido chegou a pegar sua bolsa, mas ela tomou de volta. “Ele (ladrão) falava para eu entregar a bolsa e ameaçava atirar. Mas não soltei. Achei que não tinha munição na arma. Ele deu um tiro para cima e vi que a arma era de verdade. Então, ele apontou-a para a minha cabeça e lembrei de um golpe de autodefesa que meu pai me ensinou. Coloquei em prática e bati no braço dele. O tiro saiu para baixo, mas acertou minha coxa”, relatou. “Quando estava no hospital pensei que fosse morrer. Então vi que foi um livramento de Deus e que Deus ainda cuida de mim. Creio que nunca mais vou reagir dessa forma. 

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